Passadiços da Ria de Aveiro

Sobre a Via Ecológica Ciclável

"Os Passadiços da Ria de Aveiro fazem parte de um projeto mais vasto: A Via ecológica Ciclável numa paisagem lagunar, onde se pode aproveitar para fazer exercício físico e observar a fauna e a flora da Ria de Aveiro. A via ecológica ciclável executada pela Polis Litoral Ria de Aveiro tem uma extensão total de 48 km, desenvolvendo-se em dois percursos, entre Estarreja-Albergaria-a-Velha e Aveiro com 23 km e entre Vagos-Mira com 25 km. Estas áreas são de uma grande sensibilidade ambiental e ecológica, encontrando-se inseridas na Reserva Ecológica Nacional (REN), tendo sido adotadas para essas zonas soluções construtivas o menos intrusivas e mais adaptadas ao terreno existente"

Percurso da Atividade

Após as férias de verão e regressando às atividades do VT, o trilho escolhido para reatar a atividade recaiu nos Passadiços de Aveiro no troço compreendido entre a Ponte Caída no Cais de Vilarinho/Cacia e o Cais da Ribeira em Esgueira.

Viagem de Comboio

Ao longo dos já muitos anos de existência nunca o VT tinha feito uma realização utilizando o caminho de ferro e o comboio. Assim com concentração e saída da estação de Viana do Castelo pelas 07H37 partimos em direção de Cacia com mudança de comboio em Ovar. Pelo caminho em Campanhã entraram companheiros/as oriundos da zona do Porto, tendo todos chegado a Cacia cerca das 09H30.

Após os preparativos demos início à caminhada que passando pelo interior da povoação nos levou até junto da margem do rio Vouga mais propriamente junto do Centro de Canoagem de Cacia onde houve oportunidade para no mesmo tomar café e conversar com os locais.

Uma Recordação Especial

"Faço aqui um pequeno aparte para contar que enquanto esperava um pouco mais à frente em conversa com um companheiro, na minha cabeça o local onde me encontrava fez-me lembrar e recuar 55 anos atrás. Na dúvida dirigi-me e fui perguntar a uma pessoa do clube de canoagem se era aqui o troço da Pista do rio Novo do Príncipe o que me foi confirmado efetivamente. Pois é, foi mesmo aqui que há 55 anos em minha plena juventude me tinha sagrado Campeão Nacional de Remo na categoria de Shell de 2 sem timoneiro juvenil. A vida também é feita de recordações!"

Caminhada pelos Passadiços

Continuamos depois caminhando sempre junto à margem esquerda do rio Vouga, repleto da planta invasora Jacintos de água, por onde mesmo assim atletas de canoagem e remo faziam o seu treino, até atingirmos mais à frente o local da Ponte Caída no Cais de Vilarinho.

Após um reagrupamento cerca das 10H00 se deu inicio ao troço da caminhada agora pelos Passadiços da Ria de Aveiro. Ao longo do percurso pudemos admirar toda a extensão Lagunar da Ria, aqui e ali com a presença de algumas Garças e Patos e pequenos portos de abrigo de barcos tradicionais.

Encontro com os Caminheiros de Grândola

Pelo caminho íamo-nos cruzando com muitas pessoas com realce para um grupo numeroso de caminheiros de Grândola que com surpresa de alguns deles terem reconhecido no chapéu que o Fernando Pereira levava o símbolo dos Amigos da Chão, e não é que após conversa se veio a verificar serem os mesmos que em junho de 2000 receberam uma "embaixada" de Amigos da Chão no tempo das suas Expedições ao Alentejo, assim como os mesmos terem vindo até Carreço também numa jornada de convívio.

Cerca das 13H15 atingimos o Cais da Ribeira de Esgueira onde se encontravam também os caminheiros de Grândola e após nova troca de conversas ficou no ar a ideia de um dia se fazer nova incursão a essa terra.

Chegada ao Restaurante

Mas havia que continuar até ao local do restaurante O Carramona em Esgueira, breve hesitação do caminho a tomar e a certa altura como já era grande a distância entre os elementos do grupo da frente e dos detrás após conversa telefónica e na incerteza dos da frente encontrarem o caminho, decidiu-se dividir o grupo e seguir cada um de maneira a encontrar caminho até ao restaurante.

Foi assim que o primeiro grupo chegou ao restaurante cerca das 14H00, e no exterior do mesmo ficou esperando pelos restantes que chegaram cerca de 30 minutos depois. Depois de reagrupados e após o preparativo das mesas, quando houve ordem para se entrar lá fomos ocupando as mesas em função das ementas escolhidas.

Almoço e Batismos

A refeição decorreu como é costume de forma animada com as conversas da praxe tendo sido servidos de forma quanto a mim excelente em todos os aspetos.

No final ainda houve tempo para se realizarem dois novos batismos aos novos caminheiros Fernanda Silva e Luís Armando ao som do ritual Arriumporum botaabaixorum.

Regresso

Mas o relógio seguia contando as horas e o comboio não espera, para isso lá fomos até à estação de Aveiro onde se apanhou o comboio de regresso a casa.

Bela jornada, até à próxima no mês de outubro.