Pozas de Loureza & Alto da Pedrada

Foto do grupo Vianatrilhos
Percurso circular com início na localidade de Loureza, concelho de Oiã, provincia de Pontevedra. Decorre maioritáriamente ao longo do río Tamuxe ou Carballas, que nace na Serra da Groba no concelho de Oia, atravessa o vale do Rosal e desagua no Río Minho na paróquia de Pías, San Miguel de Tabagón. O rio Tamuxe forma ao longo do seu curso pequenas cascatas e lagoas cristalinas, muito procuradas para banhos pelos habitantes das aldeias próximas. Fizemos também um desvio até ao alto da serra da Pedrada, que com os seus 520m domina as vistas para o vale do Minho e sua foz.

Dados do percurso

Informação sobre os aspetos mais significativos

Data 01-03-2023
Localização Pontevedra
Hora de início 09:39
Hora do fim 15:37
Tempo total 5h 58m
Velocidade média 3,1 km/h
Distância total 14,0 km
Participantes 12
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Iniciamos este percurso na localidade de Loureza, concelho de Oiã, província de Pontevedra para um percurso maioritariamente ao longo do rio Tamuxe ou Carballas, que nasce na Serra da Groba no concelho de Oiã , atravessa o vale do Rosal e desagua no Rio Minho na paróquia de Pías, San Miguel de Tabagón.

Começamos a subida do rio pela margem esquerda, numa ensolarada mas fria manhã de quarta-feira, para uma jornada exploratória de procura de alternativas para futuras atividades do grupo mais alargado.

Desde o início fomos apreciando o belo rio Tamuxe vencendo rapidamente os desníveis do seu leito em pequenas cascatas e lagoas cristalinas, muito procuradas para banhos pelos habitantes das aldeias próximas.

Um pouco adiante deixamos as margens densamente arborizadas e iniciamos a subida para a serra da Pedrada, da província de Pontevedra. Sim, curiosamente esta serra galega tem exatamente o mesmo nome da que vamos subir na próxima caminhada do grupo, que faz parte do maciço montanhoso da Peneda.

A subida é de início bastante branda até atingimos uma chã onde se vislumbram as primeiras paisagens para o lado da Foz do Minho, com Santa Tecla (Santa Trega) bem em destaque. Aí encontramos vestígios de uma construção semi-enterrada e protegida por uma cerca de rede, que pela sua forma aparenta ser uma mamoa ou um antigo abrigo de pastorícia. Como não havia qualquer informação no local, ficamos sem saber qual a finalidade da construção.

Continuamos agora a subida para sul e aos poucos a dificuldade foi aumentando até chegar à cota dos 300m, quando surge a primeira séria dificuldade, com um interminável corta-fogo, que nos fez subir as pulsações e limpar o sarro dos pulmões. Foi num ápice que passamos dos 300 para os 400m!

Atingido a custo o estradão florestal superior, seguimos um curto trajeto a meia encosta, para voltar a deixar o estradão e subir um estreito caminho de pé posto, quase totalmente escondido pela agreste vegetação, que vai subindo por entre as rochas até ao cimo da serra da Pedrada, que com os seus 520m domina as vistas para todo o vale do Minho até à sua foz.

Depois de umas fotos de grupo e de observar as vistas circundantes, iniciamos a descida pelo lado norte na direção do rio Tamuxe. A descida é acentuada e houve que redobrar cuidados em algumas das zonas em que o estradão deu lugar a uns carreiros com pendor muito acentuado.

Paramos a meio da descida para o almoço, com café à descrição feito em local pelo companheiro Rocha, que se deu ao trabalho de trazer cafeteira, botija de gás e fogareiro! Enfim um luxo só possível pela boa vontade deste amigo.

Depois desta merecida pausa descemos até ao rio, que passamos a subir até ao “Encoro de Vilachán”, onde as águas do rio são retidas e direcionadas para uma mini hídrica a jusante, para produção de energia elétrica. Pelo caminho pudemos observar um conjunto de “fervenzas” e “pozas” que as águas revoltas do Tamuxe foram caprichosamente esculpindo. Para além das formações naturais, o homem acrescentou os diversos moinhos e caminhos que ladeiam as margens, possibilitando os acessos para usufruir deste local.

Cruzamos o rio junto da conduta e iniciamos a descida pela margem direita, apreciando os moinhos a Ponte do Arco e a lagoa abaixo, em que as límpidas águas fazem uma curta pausa, antes de se precipitarem de novo pelas cascatas mais abaixo. O desfiladeiro nesta zona estreita e o caminho aperta ainda mais, por uma passagem que assusta um pouco, mas que mais a frente alarga e transforma num estradão florestal mais largo que continuamos a descer.

A descida é cada vez mais forte até à mini hídrica, que está já ao nível das águas do Tamuxe, recebendo as águas que se precipitam quase a pique procedentes da represa a montante. A partir daí seguimos sem dificuldades de maior ladeando sempre uma levada de água, ainda bem conservada e em pleno funcionamento, que finalmente deixamos para regressar ao ponto de partida.

Um belo dia de inverno para um belo percurso nas margens do Tamouxe, com um pico de dificuldade para subir até ao alto da Pedrada.

O lavar dos cestos fez-se em Dem no café Capela

José Almeida Vianatrilhos