
Dados do percurso
Informação sobre os aspetos mais significativos
Data | 12-03-2014 |
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Localização | Travanca |
Participantes | 4 |
Informação sobre os aspetos mais significativos
Data | 12-03-2014 |
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Localização | Travanca |
Participantes | 4 |
Há já algum tempo que tínhamos na ideia subir o Vale do Rio Grande, na Travanca, mas por esta ou aquela razão, o tempo foi passando, a ideia foi ficando para trás e por vezes mesmo esquecida.
Por isso foi providencial a aberta de tempo que se verificou esta semana, para levar a cabo este reconhecimento, que se veio a revelar bem acima das nossas expetativas.
Pelas 09:00 chegamos à Travanca e iniciamos logo a ascensão do trilho que acompanha o Rio Grande, pela sua margem esquerda.
Durante a ingreme ascensão, o cenário acima e abaixo é realmente belo, pois o pendor do trilho e o alcantilado da corga, faz divisar adiante o seu topo e nas costas uma paisagem deslumbrante sobre o Mezio.
A meio acaba o caminho empedrado, logo após cruzar as águas cristalinas do Rio Grande, tornou-se necessário ganhar altura, para alcançar um outro caminho, que corre agora pela margem direita, a uma cota bastante superior.
Aí é que foram elas, pois é uma subida a pulso, quase de alpinismo, com enorme pendor, que nos deixou cansados e sedentos.
Continuamos a ascensão, sempre forte, até o topo da corga, onde encontramos o Fojo da Bragadela, no local onde convergem as enormes paredes graníticas, erguidas por mão humana, como armadilha dos lobos, num poço já totalmente desaparecido.
Subimos de seguida para a branda da Bragadela, já nossa conhecida de outros eventos, onde descansamos as pernas e fizemos a foto dos presentes, aos pés do sempre majestoso Alto da Pedrada.
Mas desta vez o nosso objetivo não era esse, pelo que contornamos o vale e rumamos à Branda de Cova, fazendo primeiro um desvio para observar as vistas para Este, nomeadamente a Branda Curral do Pedro, bem nossa conhecida de outras ascensões ao Alto da Pedrada.
Seguiu-se uma descida forte, para cruzar a Ribeira de João Cão, onde encontramos mais um conjunto de ossadas recentes de rezes, que conjuntamente com os restos de uma garrano e mais ossadas dispersas, testemunham os ataques que os lobos ainda desferem ao gado da serra.
Depois de curta pausa na branda da Cova, para observar o abrigo remodelado e as cardenhas dispersas pela vertente da serra, seguimos para o nosso objetivo – o abrigo da Urzeira, onde fizemos a merecida pausa para o almoço, que embora frugal, serviu para repor as energias.
Como ainda era cedo, até houve tempo para banhos de sol e mesmo curta sesta, já que se esperava uma tarde bem dura, com descidas agrestes.
E eram mesmo agrestes! Foi um calvário a descida por estradões em cascalho solto, até cruzar a Ribeira de João Paz, seguindo depois pelos bosques do Mezio até à Ribeira de Mosqueiros, que cruzamos e subimos, rumando a Norte, na direção da Branda de Mosqueiros.
Foi depois um último esforço para rumar à Laje de Chãos e cruzar uma zona densamente arborizada, até atingir a Branda da Travanca, bem no interior do parque de campismo do mesmo nome.
Foi o fim de uma jornada de exploração bastante exigente, que nos deixou cansados, mais ricos, pela descoberta de novas paragens e a revisitação de outras, desta sempre deslumbrante serra da Peneda.
62 fotos