Trilho da Lombadinha

No passado dia 14 do corrente mês confirmaram-se as más previsões do tempo atmosférico, o que fazia antever a possibilidade de cancelar a prevista caminhada em terras dos Arcos de Valdevez, o Trilho da Lombadinha, freguesia dee Gondoriz.

Pelas 8 horas da manhã o movimento era diminuto junto ao Café Vitral, o nosso habitual ponto de encontro.

Um pouco antes das 8,30 horas eram 11 os presentes, o que não sendo muitos, sempre dava para constituir uma equipa de futebol, sem direito a suplentes.

Por estranho que pareça não houve muita hesitação e os 11 valentes decidiram partir para a serra.

Nos Arcos de Valdevez juntou-se um novo companheiro vindo de Valença, pelo que acabaram por ser 12 os apóstolos que deram início à caminhada.

Junto à Capela de S. Lourenço iniciamos a caminhada com chuva que nos acompanhou uma boa parte da manhã, enquanto nos deslocávamos junto a um belo curso de água que, para a seca que temos passado, se apresentava bem caudaloso. O tempo, menos agradável era bem compensado com a beleza do bosque por onde caminhávamos.

Quando a certa altura tivemos que passar de uma margem para a outra do rio e, devido ao seu caudal, o grupo uniu esforços e tratou de, com a ajuda de várias pedras recolhidas nas redondezas, facilitar a passagem a todos sem indesejadas quedas na água.

Entretanto o tempo melhorou, dispensando os guarda chuvas, e lá fomos andando com o terreno a apresentar-se bastante escorregadio, mas sem provocar consequências de maior.

Depois de vencida uma pequena subida atingimos o Lugar de Oucias, na vizinha freguesia de Carralcova, com algumas boas recuperações de casas para turismo rural.

Subindo um pouco mais atingimos vestígios do que foi a Branda de Azevedo, aproveitando a ocasião para um pequeno reforço alimentar.

Como a ameaça de chuva era constante e, por vezes, passava de ameaça e chovia mesmo, o grupo foi acelerando o passo, mas sem nunca deixar de se deslumbrar com a beleza em redor.

Depois de uma última subida acentuada e quando estávamos a cerca de 500 metros do fim fomos surpreendidos por uma forte bátega de água, acompanhada de algum granizo. Sorte nossa que deparamos com um abrigo protector.

Retomada a marcha rapidamente atingimos a Capela de S. Lourenço para, abrigados no seu hall de entrada fazermos a nossa já bem merecida refeição que foi sendo adiada por causa da chuva e também foi facilitada pela quilometragem pequena e pelo ritmo de andamento.

No final todos acharam que foi bom ter arriscado porque o traçado é de uma beleza fantástica.