
Dados do percurso
Informação sobre os aspetos mais significativos
Data | 08-05-1999 |
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Localização | Chão |
Distância total | 18 km |
Participantes | 43 |
Informação sobre os aspetos mais significativos
Data | 08-05-1999 |
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Localização | Chão |
Distância total | 18 km |
Participantes | 43 |
Designação popular da “chã”, planalto da Serra de Stª Luzia, que abrange terrenos particulares e baldios das freguesias de Carreço, Afife, Outeiro, Areosa e Perre. A sua altitude média é superior aos 400 metros e a área ultrapassa os 500 ha, constituindo um recetáculo natural para a água das chuvas que vão dar origem aos regatos e ribeiros que se dirigem às bacias do Âncora, do Lima ou diretamente ao mar.
A Chão foi desde tempos muito antigos utilizada para o pastoreio dos gados das freguesias confrontantes, assim corno fornecedora dos matos necessários para o fabrico de estrumes, fertilizante orgânico e natural para as terras agrícolas da região.
O clima agreste da zona, com ventos frios e húmidos durante grande parte do ano, o pastoreio intensivo e também os incêndios, nunca deixaram estabelecer na Chão uma vegetação arbórea importante, pelo que a paisagem é dominada pelas penedias, conferindo um aspeto selvagem aos horizontes limitados pela Serra d'Arga, ao Nascente e o Atlântico ao Poente.
O ponto mais alto da Chão está situado no marco geodésico de 1ª categoria, conhecido por Talefe", ou "Guarita de Couço", a 550 m sobre o nível do mar. Esta torre foi reconstruída no final dos anos 30, com areia e cimento transportados por carros de bois, a partir de Carreço, pelo Sr. Joaquim da Casa da Boroa.
Durante o período do Regime Florestal existiu na Chão um Viveiro destinado à produção de plantas para o povoamento da serra. Desse local ainda hoje encontramos vestígios e construções em ruínas.
No início dos anos 40, em pleno período da 2ª Grande Guerra, a Chão foi esburacada por centenas de pessoas que extraiam do subsolo o minério para a obtenção do estanho, procurando assim um rendimento que a agricultura pobre da região não permitia.
Hoje em dia a Chão está ameaçada por atividades humanas destruidoras do equilíbrio natural, facilitadas pelas estradas e caminhos que a cruzam, permitindo um tráfico automóvel intenso e indisciplinado.
Os Amigos da Chão propõem-se lutar pela preservação deste autêntico santuário natural, dando a conhecer aos jovens locais emblemáticos como a Porqueira, a Chão de Chaves, as Bouças da Pereirada, Moladães e tantos outros que constituíram para os nossos antepassados o seu Universo, e ao mesmo tempo restabelecer com as populações das localidades vizinhas o intercâmbio que outrora existiu, relacionado com as atividades agrícolas na montanha.
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