2023-12-16 Caminhada de Natal com Avós, Netos e Sobrinhos- Nas Lagoas de Bertiandos

Caminhada de Natal com avós, netos e sobrinhos.

Pela segunda vez o grupo VT levou a efeito esta atividade. Pese embora a vontade de mais crianças participarem, nesta altura do ano para elas torna.se difícil a participação devido às muitas solicitações alusivas à quadra natalícia, aos eventos desportivos e a imprevistos de súbitas doenças próprias da época que inviabilizam a sua participação.

Assim foram 7 as crianças que participaram juntamente com 11 adultos.

O local escolhido foram as Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, nesta altura do ano com muita água.

A área de Paisagem protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos tem uma área de aproximadamente 350 há e desenvolve-se em zona envolvente a estas duas lagoas e margens do rio Estorãos, com uma densa rede de cursos de água e sistemas de drenagem tradicionais.

Esta área pode ser dividida em duas zonas claramente diferenciadas: por um lado, a zona das tapadas, onde se inserem as lagoas, caracterizada pela existência de áreas de pastagens naturais, normalmente divididas por sebes de compartimentação e bosquetes de folhosas em expansão; por outro, a zona das veigas, terrenos húmidos e altamente férteis, onde se desenvolve a atividade agrícola normalmente a sucessão de milho (Primavera/Verão), azevãs e/ou outras gramíneas (Outono/Inverno).

Com a manhã fria, partindo do parque de estacionamento junto ao Centro Interpretativo eram cerca das 10H00 quando demos início ao percurso.

A criançada à frente marcando a orientação e o passo, logo à frente oportunidade para a primeira aventura, ou seja, a subida a uma torre de observação. Ninguém quis deixar de subir pelo que houve que o fazer com os devidos cuidados, mais na descida que na subida.

Continuando agora sobre passadiços logo se atingiu uma casinha que serve para observação da fauna, nesta altura do ano limitada a alguns patos permanentes.

Uma constante sempre presente era a água, caminhando ora sobre passadiços ora em trilho de terra, iam-se seguindo as zonas de observação, aproveitadas para breves descansos. Nesta altura do ano a fauna é pouca mas em outras épocas do ano as lagoas são abrigo de várias espécies de aves migratórias que aqui encontram local de descanso. A certa altura ao passarmos sobre uma pequena ponte um pequeno pormenor suscitou a curiosidade de todos pois que num pequeno monte de areia na margem do rio nos mostrou umas pegadas de lontra sinal da sua existência por estas paragens.

Pontualmente íamos fazendo pequenas paragens aproveitadas para reabastecimento e observação de pontes como a da Freixa, ou de moinhos como o do Matias sendo este aproveitado para vários registos fotográficos.

Cerca das 12H30 atingimos o final deste percurso que teve a distância de aproximadamente 6,5 km. E decorreu de forma excelente.

Depois já nas viaturas foi o rumar até Ponte de Lima onde no restaurante Turipiza decorreu o merecido repasto de Pizas. Aqui tal como durante a caminhada, o comportamento da pequenada foi excelente, decorrendo de forma animada em alegre convívio.

Acho que a criançada gostou e quer mais!

Aqui fica a relação dos participantes mais pequenos:

Hugo 11

Rita 7

Leonor 7

Helena 11

Gonçalo 7

Matilde 11

Sara 11

Benefícios de uma boa relação entre avós e netos.

(in https://maemequer.sapo.pt)

Estudos comprovam que o contato positivo com os avós faz as crianças mais seguras, independentes e mentalmente fortes.

Quem não se lembra das batatas fritas estaladiças que a vó fazia como ninguém? E do sorriso do avô quando nos ia buscar à escola?/p>

E somos capazes de apostar que poucos serão os miúdos que nunca nos ameaçaram a nós (terríveis pais tiranos), que iam viver com os avós, só porque lhes retiramos o tablet por não arrumarem os brinquedos!

Diz-se muito em Portugal que os pais educam e os avós estragam os nossos filhos pois são mais permissivos e indulgentes.

Será essa a ideia realmente verdade ? Pelo menos, não é isso que sucede aos olhos da ciência, pelo contrário. Há estudos científicos a demonstrarem que as crianças com uma relação próxima com os avós são, sim, mais fortes.

Vejamos então o que diz a ciência sobre a fantástica influência dos avós na educação das crianças.

AS CRIANÇAS FICAM DOTADAS DE UM PRECIOSO SISTEMA DE SUPORTE.

As crianças que crescem próximas dos avós apresentam menos problemas emocionais e comportamentais.

Estas crianças ficam ainda com melhores ferramentas para conseguirem ultrapassar eventos traumáticos na sua vida.

A perceção da história familiar da criança proporciona-lhe a construção de uma identidade interjecional. A criança fica a saber qual é o seu lugar na família, e mais importante, que tem um lugar o que a torna mais resiliente. Isto ajuda-a a sentir-se em controlo da sua vida, mesmo se o mundo à sua volta parecer fora de controlo.

Em termos práticos quando a criança sabe que a escola a mãe frequentou ou em que clube de futebol o avô jogou, dá-lhe uma sensação de pertença. As histórias de vitórias e fracassos da família ajudarão a criança a resolver os seus próprios desafios.

AS CRIANÇAS APREDEM A CONVIVER E A COMPREENDER OS MAIS VELHOS.

Crescer em contato com os avós é a melhor forma de as crianças estabelecerem laços com as gerações mais velhas. As crianças vão crescer a compreenderem e a sentirem empatia pelos mais velhos.

Segundo um estudo, as crianças de 7 a 16 anos de idade que tinham uma boa relação com os avós eram menos propensas a serem negativas para com os adultos mais velhos. Por outro lado, as crianças com uma relação distante com os avós eram mais propensas a terem uma visão negativa sobre a velhice.

AS CRIANÇAS FICAM PROTEGIDAS CONTRA A DEPRESSÃO NA IDADE ADULTA

Um estudo da Universidade de Boston, associou um bom relacionamento emocional entre avós e netos com menos índices de depressão. Isto aplica-se tanto para os avós como para netos na idade adulta.

Se, por um lado, os netos adultos beneficiam com a experiência de vida e conselhos proporcionados pelos avós, estes são expostos às novas ideias transmitidas pelos netos. Isto só pode beneficiar a saúde mental em novos e mais velhos!

CUIDAR DOS NETOS FAZ AUMENTAR A LONGEVIDADE NOS AVÓS

Os relacionamentos interjecionais são, como se viu benéficos para os envolvidos e para a sociedade em geral. Mesmo que netos e avós não vivam fisicamente próximos, um bom relacionamento torna-os mais resilientes e fortes. Para os avós há também ganhos: tornam-se mais saudáveis.

 

Miguel Moreira

Vianatrilhos