Como não fomos até Bostelinhos para fazer o percurso previsto para o Picota de Frangoto, pelo mau tempo previsto para o fim-de-semana, resolvemos arriscar uma molha e fazer um reconhecimento no vale da ribeira da Silvareira – Trogal.
Começamos no lugar do Trogal – S. Pedro de Arcos, onde o grupo já tinha feito uma anterior incursão exploratória pelas margens do ribeiro, de forma a testar um percurso circular pelas margens da ribeira da Silvareira.
Se a primeira parte do percurso, subindo pela margem direita foi feita sem grandes cuidados, só prejudicada por repentinas fortes chuvadas puxadas a vento, já depois de cruzar a ribeira da Outra Banda (outro nome da ribeira da Silvareira) o assunto mudou de figura, pois tentamos fazer a ligação entre esse ponto e os moinhos da Silvareira, desta vez descendo pela margem esquerda, sempre junto às margens da ribeira.
Ao princípio ainda apanhamos um caminho, há muito abandonado, cheiro de vegetação bravia, mas depois a situação foi-se complicando progressivamente, tendo o troço entre uma pequena ribeira sem nome e o Ribeiro Grande sido feito já a muito custo, obrigando à abertura de caminho passo a passo, por densa vegetação.
Do Ribeiro Grande para a frente a progressão complicou-se ainda mais, até que já na proximidade da ribeira da Fonte das Bestas, logo a seguir a um moinho encaixado na falésia contrária, resolvemos desistir e subir por um corta-fogo para o estradão florestal que seguia a meia-encosta.
A decisão não foi consensual, mas já estava saturado de tanto mato e canavial, pelo que acabamos por subir e “meter qualquer coisa à boca” num socairo do caminho que a encosta proporcionava ao vento e chuva que nos teimava em acompanhar.
Repostas as energia descemos pelo estradão até aos moinhos da Silvareira, seguindo por uma levada até á desembocadura da ribeira da Fonte das Bestas, sendo este troço junto à linha de água de extraordinária beleza, quer pelo traçado da levada debruçada sobre a ribeira, quer pela impetuosidade das suas águas, agora engrossado pelas águas das fortes chuvas dos últimos dias.
Valeu a pena fazer este desvio e com ainda mais pena ficamos, pela impossibilidade e garantir um trajeto contínuo pela margem do ribeiro.
Daí encetamos o regresso a Trogal, tendo passado junto dos moinhos das Regadinhas e aproveitado para meter conversa com duas senhoras que tratavam da limpeza de mato das suas propriedades, seguindo assim as orientações para a prevenção da época de incêndios.
Foi um dia duro, quer pela chuva e vento, quer pelo corta-mato a que nos vimos forçados, mas ficou o reconhecimento de uma zona, desconhecida pela maior parte dos caminheiros, a que brevemente regressaremos.
José AlmeidaInformação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2018-03-24 |
Hora de início | 09:06 |
Hora do fim | 15:50 |
Tempo total do percurso | 6h 44m |
Velocidade média deslocação | 2.51 km/h |
Distância total linear | 11,2 km |
Distância total | 11.5 km |
Nº de participantes | 5 |