2016-09-17 Nas brandas da Lombadinha

Lombadinha - Bostejões - Montelos - Soenga - Albar - Oucias - Azevedo

Era tempo de reiniciar a época, depois de um verão tórrido, que mais uma vez fez arder grande parte das belas serras do Alto Minho.

Escolhemos o lugar da Lombadinha, freguesia de Gondoriz, que confronta com os limites do Parque Nacional Peneda Gerês, para dar início à segunda parte da época de 2016.

Iniciamos junto à capela de S. Lourenço e iniciamos a subida para a branda de Bostejões, já dentro dos limites do parque e que pertence a Carralcova.  Depois de uma breve paragem subimos para o Fojo da Cabrita, onde fizemos nova pausa para apreciar a armadilha circular ardilosamente construída para prevenir os ataques do lobo, constituída por um recinto fechado por um alto muro de pedra, de fácil acessibilidade pelo exterior, em que no interior se colocava um isco vivo - a cabrita que lhe deu o nome.

Uma vez lá dentro, o lobo não conseguia sair e os aldeões matavam-no. De realçar o trabalho de recuperação feito neste fojo, que foi totalmente reconstruído, retomando o seu imponente aspeto.

Depois da pausa continuamos até quase ao início da calçada dos Bicos, utilizada na romagem à Senhora da Peneda e pouco depois de cruzar a ribeira de Aroio, visitamos a branda de Albar, agora descoberta pelo incêndio que fez desaparecer toda a vegetação desse lado da serra.

Seguiu-se a branda de Soegas, onde recuperamos forças, junto a dois bem conservados abrigos de dois andares, onde tiramos a costumeira foto de grupo, com o vale do ribeiro de Arroio a servir de pano de fundo.

Face ao adiantado da hora, descemos junto à branda de Montêlos , cruzamos o ribeiro e iniciamos o regresso a Lombadinha, seguindo a meia encosta pelo lado direito do ribeiro de Arroio, com deslumbrantes vistas para o vale e para a branda de Avelar do outro lado do vale.

Chegados a Lombadinha iniciamos a descida para a ribeira do Porto de Avelar, fazendo a pausa de almoço (já bem tardio) à sombra do carvalhal.

Depois do bolo, café e muita cavaqueira, chegou o momento solene do batismo de mais 3 caloiros destas coisas das caminhadas.

Foram a Lurdes Costa, Ana Maria e Norberto Palhares, que ao som da sacra ladainha e sob a segura proteção dos padrinhos, fizeram votos de adesão ao grupo, de que agora fazem parte plena, com as pesadas responsabilidades daí decorrentes.

Depois da celebração continuamos a ingreme descida pela margem do ribeiro... que nos fazia temer a inevitável subida que nos esperava mais à frente!

E lá fomos subindo lentamente até Oucias, onde paramos no bar da Eco Parque, para apreciar o complexo turístico muito bem enquadrado na paisagem de montanha, e também para matar a sede que nos atormentava, pelo tempo quente que se fazia sentir.

Depois de ir ao miradouro, subimos penosamente para a branda de Azevedo e logo depois rumamos por caminhos rurais à Lombadinha.

Logo após cruzarmos as poldras do ribeiro é que foram elas!

A última subida era uma autêntico escadório de degraus ingremes e irregulares, que pareciam não ter fim, o que conjugado com uma tarde quente e um sol forte, nos fez "sofrer" bastante para vencer esta última dificuldade.

Mas havia que continuar e a bendita pausa final foi no largo da capela de S. Lourenço, aproveitando a sombra do carvalhal e a fresca água da bica.

Despedidas feitas.. companhia desfeita, sendo o "finale" celebrado no 27 com um fabuloso pôr do sol.

José Almeida
Vianatrilhos

Dados do percurso

Informação sobre os aspetos mais significativos:

Data 2016-09-17
Hora de início 09:26
Hora do fim 17:24
Tempo total do percurso 7h 58m
Velocidade média 4.2 km/h
Distância total linear 16.2 km
Distância total 16.4 km
Nº de participantes 26