Desta vez não chove!
Pelo menos era o que diziam todas as previsões para o Sábado, mas… “afinal havia outra” e a chuva não nos largou todo o dia!
Foi pena, pois o percurso até era bastante interessante e as vistas adivinhavam-se bonitas, mas o Sr. do Bonfim não colaborou nada e pouco se viu da parte da manhã e mesmo à tarde, embora com alguma melhoria, a maldita chuva não nos largou.
Deixamos os carros no Luzio e subimos até ao santuário do Sr. do Bonfim onde fizemos a foto de grupo e uma curta pausa para levar qualquer coisa à boca. Seguimos até à capela do mesmo santo, que teria sido abandonada, porque “o santo não se dava com a sua nova casa” e debaixo da chuva miúda mas persistente, continuamos até Anhões, onde encontramos finalmente um abrigo para uma refeição rápida, num lavadouro público!
E foi ao redor do granítico tanque de lavagem, que comemos qualquer coisa ligeira, pois havia que deixar espaço para o prometido manjar.
O tempo entretanto melhorou um pouco, mas o caminho é que piorou bastante, já que entramos num trilho muito fechado de vegetação que cruzava diversos cursos de água, o que nos obrigou a uma marcha penosa e ao completo encharcanço da roupa e calçado!
Como era para a desgraça… havia que não desanimar e seguir em frente. Lá acabamos por vencer mais esta provação e finalmente chegar a campo aberto, seguindo depois a meia encosta, por entre as giestas, cujo forte amarelo pintava as encostas de um colorido ímpar.
Depois, tomamos diversos caminhos rurais até à igreja do Luzio, onde agrupamos e fizemos mais uma foto de grupo, com os verdejantes campos de cultivo como pano de fundo.
Finalmente o caminho de regresso levou-nos às margens do rio Gadanha, mas depois de passar a sua interessante ponte, tivemos que chupar o caramelo de subir para o Luzio por um caminho que nos fez sofrer bastante.
Mas chegados aos carros, calçado e roupa trocados… havia já alma para passar ao capítulo seguinte!
E o capítulo seguinte era uma boa foda à moda de Monção, ou melhor dizendo à moda do Luzio ou Anhões, que a D. Vitalina nos preparou na sua mercearia/café, no lugar da Fervença.
Começamos com os aperitivos tradicionais e um branquinho da adega cooperativa de Monção e pouco tempo depois, fomos assistir à cerimónia da abertura do forno, onde o anho assou, largando os seus sucos no alguidar de barro com o arroz de forno.
Retirada a bosta da porta do forno, foi a vez dos já muito usados alguidares com o assado a surgir do negrume da fornalha de parede e deleitar os presentes com um odor divinal, que segundo alguns supera mesmo a dita “foda”.
Há porém, outra versão que atribui o castiço nome do petisco à engorda artificial do bicho com sal, que mais tarde se vinha a revelar como logro e levava os ludibriados a dizer à moda do norte… “mais uma boa foda”
Seja como for… foi mesmo uma boa Foda, pois o anho estava mesmo no ponto, bem tostadinho e o arroz uma maravilha de sabor e tempero. A acompanhar uma verde tinto regional à malga e/ou um razoável alentejano tinto.
Depois de um complexo debate sobre as famílias dos caprinos e ovinos e proveniência dos anhos, cordeiros, borregos, cabritos, cabras e até cabrões… chegamos, por maioria, mas não unanimidade à conclusão, que afinal o rei era o anho e este de Anhões merece o devido destaque.
O difícil foi o final, pois estava-se tão bem que não apetecia o regresso e ainda menos as curvas da estrada de regresso.
Temos que repetir!
José AlmeidaInformação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2016-05-14 |
Hora de início | 09:33 |
Hora do fim | 14:14 |
Tempo total do percurso | 4h 41m |
Velocidade média | 4.4 km/h |
Distância total linear | 12.3 km |
Distância total | 12.4 km |
Nº de participantes | 32 |