2015-09-19 Alto do Niño do Corvo & Molinos do Picon/Folon

Rosal

Depois do período de férias de Verão, o recomeço das nossas atividades aconteceu no Rosal, num percurso designado de "Alto do Niño do Corvo & Molinos do Picon/Folon" feito em parceria com o grupo "Club de Montaña Ártabros".

Às 09:00 lá estávamos defronte do forte de Forte de S. Lourenzo, nas margens do rio Minho em Goián, bem defronte de Vila Nova de Cerveira, prontos para mais esta atividade em terras Galegas.

Depois de uma volta pelo forte, esperamos um pouco pelo grupo dos Ártabros, liderados pelo companheiro Pepe Gcia-Peñuela e logo depois das apresentações, saímos do Embarcadouro de Goián, seguindo a margem direita do Minho pelo PRG-112 Sendero de Pescadores do Rio Miño - Tamuxe.

Pouco depois do "Merendero de Chapiñas" abandonamos a margem do rio e subimos para "As Eiras", onde visitamos a capela de Stª Madalena, com uma interessante imagem da santa com uma caveira nos braços.

Depois seguimos por uma zona de florestal, cruzamos a exploração vinícola das "adegas Terras Gaudas" e iniciamos a subida para o "Niño do Corvo", com um pequeno desvio para podermos observar interessante conjunto de inscrições rupestres, numa elevação próxima de Eiras, já próxima do limite de Tabagón, zona da Portela.

Trata-se duma afloração de pedra, sendo uma singularidade no concelho do Rosal, em que o suporte dos inscrições não é o granito, mas sim o xisto, já que estes montes são o prolongamento do Monte Lousado.

Depois seguiu-se a penosa subida para o "Niño do Corvo".

A subida era acentuada e o calor começou a incomodar, pelo que houve necessidade de algumas paragens para retemperar as forças, aproveitadas para observar a paisagem sobre o vale do Minho.

Chegados ao miradouro do "Cabezo Gordo" vizinho das antenas do "Niño do Corvo" foi um regalo contemplar a paisagem circundante, de onde se podem observar os Montes do Rosal e vale do Tamuxe para Oeste e  pela vertente Sul pudemos vislumbrar uma grande parte do vale do rio Minho até à sua desembocadura no Atlântico, bem como o famoso monte Santa Tecla, com A Guarda a seus pés.  Do outro lado do Minho temos Vilanova de Cerveira com as pequenas ilhotas defronte.

É um ponto de excelência para a observação do vale e foz do Rio Minho.

Descemos de seguida para "As Cruces", onde fizemos a pausa já tardia para a refeição na margem do rio Tamuxe. Depois do abastecimento de água continuamos para os moinhos de Picón.

Aí é que foram elas! Depois do restaurante "Casa da Pintora" a subida empinou-se e com um calor intenso a provocar estragos, vimo-nos obrigados a diversas paragens mais ou menos prolongadas, que aproveitamos para contemplar o conjunto dos 21 moinhos de Picón, encavalitados na encosta e a paisagem circundante.

Chegados à "Chan da Cereixeira" descemos até às "Pozas do rio da Cal", para mais um momento de repouso, aproveitado por alguns para umas braçadas vigorosas nas suas límpidas águas.

Regressados à "Chan da Cereixeira" Pepe fez um breve enquadramento do agrupamento dos moinhos e mostrou-nos o ponto de nível, onde se dividiam rigorosa e permanentemente as águas que serviam para mover os moinhos de Picón e Folón. Em épocas passadas, depois de muitas disputas de a quem pertenciam as águas do Rio da Cal, foi decidido construir uma derivação ao mesmo nível e inviolável, pois está tapada por pesado lajedo granítico, para repartir a partes iguais as águas pelos dois conjuntos de moinhos.

Depois de cruzar a chão e contemplar a paisagem para a foz do Minho e quase todo o concelho do Rosal, iniciamos a brusca descida pelos moinhos de Folón.

O ribeiro de Folón dá água e vida a estas paragens, bem como a força motriz para o movimento dos 36 moinhos que se sobrepõem na sua vertiginosa descida.

É um cenário verdadeiramente espetacular, com os velhos moinhos e acessos devidamente recuperados, o que traz à região um elevado número de visitantes. Pena os incêndios florestais que despiram a "Chan da Cereixeira", bem como parte dos passadiços e pontes anteriormente existentes.

 No conjunto são cinquenta e sete os moinhos que formam este conjunto, o que o torna num dos mais importantes da Península Ibérica e mesmo da Europa.

Por fim foi um último esforço até ao Rosal, onde tiramos a foto de grupo na "Praza do Calvário" defronte da igreja de Santa Mariña do Rosal.

Foi um belo dia em terras Galegas. Agradecemos ao Pepe e a todos os companheiros do "Club de Montaña Ártabros" pelo modo como nos acolheram e partilharam esta sua passagem pela terras raianas.

José Almeida

Vianatrilhos

Dados do percurso

Informação sobre os aspetos mais significativos:

Data 2015-09-19
Hora de início 09:56
Hora do fim 18:19
Tempo total do percurso 8h 23m
Velocidade média de deslocação 3.48 km/h
Distância total linear 21.4 km
Distância total 21.7 km
Nº de participantes 41