E chegou o fim da época 2013/2014.
O Verão está aí e é tempo de parar com as caminhadas nesta época de calor e de férias.
Mas antes de parar ainda foi tempo para a jornada de encerramento, uma marcha acessível a todos, para encerrar mais este ciclo, em que se juntou a "família" da Vianatrilhos, seguida de encontro de convívio alargado a todos.
O local escolhido para a atividade foi a ecopista do Rio Lima, no troço que liga Ponte da Barca à vila mais antiga de Portugal - Ponte de Lima, onde estava marcado o convívio de fim de época.
Partimos de Ponte da Barca, junto à ponte e percorremos a sua marginal tomando o percurso da ecovia, observando o Rio Lima e os seus Açudes, que dão o nome a este troço, e que constituem a principal envolvência desta Ecovia, mas também os campos agrícolas com as suas vinhas.
A primeira paragem foi na Fonte Santa, na freguesia de Bravães, conhecida pelas suas águas sulfúreas, recomendada para doenças de pele e para a cura de úlceras de estômago.
"É uma fonte monumental em cantaria, obra de meados do séc. XVIII, de frontão retangular, onde se abre um nicho em concha, atualmente sem imagem. Por baixo deste nicho a água jorra de uma carranca, de forma humana, para uma bacia larga."
Um pouco mais à frente, por insistência do Abreu, cruzamos o Lima para a margem direita, e fomos até à freguesia de Padreiro, para visitar a Fonte das Virtudes, que se localiza a cerca de 200 m para jusante da Fonte Santa de Bravães, mas na outra margem e portanto já no concelho de Arcos de Valdevez. É célebre pelas lavagens rituais de S. João.
"Na freguesia de Santa Maria de Távora, termo da vila de Arcos de Valdevez, há uma fonte a que chamam das Virtudes, porque lavando-se nas manhãs de S. João Baptista muitas pessoas achacadas, melhoram de suas queixas; e por isto é grande concurso de gente de várias partes no dia do Santo a banhar-se nela."
“…nas margens esquerda e direita do Rio Lima nascem duas pequenas fontes de água mineral sulfúrea fria em tudo semelhantes. A primeira no sitio chamado a Fonte Santa na mesma margem do rio que a inunda com as suas enchentes; a outra no monte fronteiro e eminente saindo do meio de uma pequena fraga. Esta água é clara e muito diáfana, fria, com gosto e cheiro próprio das águas sulfúreas, e depõe por onde corre sedimento de cor alvacenta desmaiada, em consistência mucosa ou de geleia pouco espessa, da qualidade própria das águas termais sulfúreas. Ainda que não são frequentadas, talvez pela pouca abundância das nascentes e faltas de comodidades, podem com tudo ser de proveito para a vizinhança assim aquecidas para banho, como para uso interno.“
O que é certo é que as águas tem forte cheiro sulfuroso e só com muita boa vontade se conseguem beber!
Regressamos de seguida à margem esquerda e continuamos a bom ritmo até ao local marcado para a paragem de reabastecimento - Os moinhos da Gemieira.
Trata-se de um conjunto de velhos moinhos encavalitados num ribeiro, que cai em cascata íngreme para o Lima, que pelo seu enquadramento se torna num dos exemplos mais bem conseguidos do aproveitamento da força da água para a produção da farinha.
O moinho principal, está em perfeito estado de funcionamento e também serve de casa de pasto, já nosso conhecido de anteriores patuscadas.
Foi esse o local escolhido para a "foto de grupo", seguindo-se o troço da ecovia que nos levou até Ponte de Lima, onde ainda houve tempo para visitar a Feira do Cavalo, uma das muitas iniciativas que esta vila é pródiga em oferecer aos visitantes.
A última tirada foi da capela de S. João até á majestosa ponte romana de Ponte de Lima, ex-libris desta bela vila limiana.
O convívio final foi bem servido e animado, no restaurante do clube de Golfe.
Até Setembro, para a nova época 2014/2015.
José AlmeidaInformação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2014-06-28 |
Distância | 19,4 Km |
Tempo de deslocação | 04h 10m |
Tempo parado | 00h 33m |
Deslocação média | 4,7 Km/h |
Média Geral | 4,1 Km/h |
Nº de participantes | 33 |