2014-04-09 Pelo alto do Pedrinho

Srª da Guia - Branda do Furado - Branda de Real - Alto do Pedrinho - Branda Aveleira

Desta vez o nosso objetivo era o Alto do Pedrinho, ou como alguns lhe chamam Castelo do Pedrinho, que com os seus 1374 m domina a Serra da Peneda.

Escolhemos começar junto à capela da Srª da Guia, situada na periferia da Branda da Aveleira, pertencente à freguesia de Gave, concelho de Melgaço.

Descemos a encosta e atravessamos inicialmente o rio da Aveleira e logo de seguida o rio Vez, começando a subida na direção da Branda do Furado, situada mesmo defronte da branda da Aveleira, por cima da confluência dos rios da Aveleira e do Vidoeiro, com o rio Vez que congrega as suas águas em direção ao Lima, de que é afluente.

Um olhar pelo vale do Vez evidencia as suas origens pela sua forma, pois o enorme peso e a lenta descida do glaciar transformou o vale inicialmente em forma de V num vale em formato de U. Outro dos indícios evidentes são as moreias, acumulações de calhaus e blocos, mais ou menos alinhados, que foram arrastados pelos glaciares na sua lenta deslocação.

Após uma curta visita às casas e cardenhas da pequena branda do Furado, seguimos pelo trilho que corre pela encosta de Lameirões, subindo o rio Vez, para encontrar adiante a branda de Real.

É uma branda com um número significativo de edificações, tanto retangulares como circulares, todas totalmente em ruína, mas em que há relativamente pouco tempo ainda se podiam observar as coberturas em colmo, agora totalmente desaparecidas.

Continuamos pela encosta do Caroado na direção da Chã da Pela, onde se faz a confluência dos estradões florestais na Garganta do Eiró.

Não descemos ao estradão que vem do Couço e antes de começar a subida para o Pedrinho, fomos à borda do planalto espreitar para a Chã da Cruz, com a apertada Corga dos Cortelhos à nossa frente.

Trepamos o que restava para o Pedrinho, onde se tirou a foto da praxe, com a bandeira da Vianatrilhos com o Higino a fazer trapézio no marco geodésico de 1ª categoria, tendo depois seguido para a borda ocidental do planalto para apreciar as vistas, que neste ponto são magníficas.

E lá fomos divisando ao longe as brandas da Gémea, Porta Covêlo, Porta Cova, Crastibô e inúmeras localidades dos concelhos de Paredes de Coura, Monção e Melgaço e até galegas, já que o nosso horizonte alcançava muito para além do vale do Minho.

Acabada a pausa da refeição seguimos para norte, passando pelo cortelho do Pedrinho e Alto da Preguiça, iniciando depois a forte descida para o estradão florestal que vem de Porta Cova, já na proximidade da branda do Furado.

Depois de cruzar os rios Vez e Aveleira, subimos pela margem direita deste para a branda da Aveleira, seguindo uma levada e depois um caminho rural que nos levou até a uma das muitas casa recuperadas para turismo, a casa da Cova dos Anhos.

Daí seguimos para a ponte da Aveleira, onde fizemos uma merecida pausa. A Aveleira é caracterizada por uma paisagem e um conjunto arquitetónico muito interessante, que sofreu bastantes intervenções restauro, mais ou menos felizes, sendo testemunho de uma tradição agrícola e cultural, que a torna muito especial e singular.

A última tirada foi a subida para a capela da Srª da Guia, que de momento está a sofrer obras de beneficiação, com restauro da capela e dos edifícios contíguos.

José Almeida
Vianatrilhos

Dados do percurso

Informação sobre os aspetos mais significativos:

Data 2014-04-09
Distância 6,1 Km
Tempo de deslocação 05h 11m
Tempo parado 01h 49m
Deslocação média 3.3 Km/h
Média Geral 2,4 Km/h
Nº de participantes 4