Este percurso na natureza foi organizado pelo clube Viana Remadores do Lima, com a colaboração da Vianatrilhos – Grupo de Montanhismo de Viana do Castelo.
Iniciamos em Orbacém, junto à casa florestal da Ponte de Sains, com uma manhã cinzenta e fria, esperançados que a chuva não nos pregasse a partida de aparecer, já que era essa a previsão meteorológica, pelo que os impermeáveis e guarda-chuvas foram deixados para trás.
Avançamos pela traseira da casa florestal e subimos o caminho da Bichoca, pela margem direita da ribeira de Gondar, na direção do lugar de Oliveiras, onde cruzamos o ribeiro na Ponte Nova, com o seu altaneiro arco de xisto.
Sem convite, apareceu entretanto a chuva, primeiro muito leve, mas depois insistente, pelo que houve que tirar o equipamento de reserva e partilhar com os menos preparados os guarda-chuvas e impermeáveis, de forma contornar este indesejado imprevisto.
Já agrupados, seguimos para o lugar de Cabanas, passando pela igreja paroquial de Orbacém e seu cruzeiro, seguimos pelo lugar do Calvário, depois pela Cachada, onde derivamos à direita para o lugar de Roma, onde observamos o interessante conjunto arquitetónico das Casas de Roma, destinadas ao turismo de habitação.
Iniciamos de seguida a subida do rio Âncora, pela sua margem direita, descendo aqui e ali até às suas margens, para depois fazer uma curta paragem na queda de água do Pincho, local sempre propício para um concorrido registo fotográfico.
A chuva entretanto parou e o tempo permitiu mesmo que a roupa de agasalho fosse guardada e até algumas mangas curtas apareceram, pois a temperatura ambiente, aliado ao esforço, começaram a aquecer os corpos.
Retomamos o caminho ascendente e acabamos por cruzar a vau o Âncora, um pouco mais à frente, junto a uma bela cascata. Foi uma travessia atribulada, pois houve várias escorregadelas, que levaram mesmo a quedas sem qualquer importância, tirando as botas e roupas molhadas, mas infelizmente houve que lamentar uns óculos de sol, que o rio inadvertidamente engoliu!
Ainda se procuraram, mas nada! São os azares do ofício… mas tudo foi ultrapassado, sem problemas de maior.
Agora na margem esquerda continuamos a subida para Espantar, descendo de seguida pela EN atá à ponte, para depois retomar a subida pela Encosta da Branca, sempre bem acima do rio, que corre lá no fundo, de cascata em cascata.
Chegados à levada conduz a água para os engenhos de Espantar, seguimos para nascente o seu curso, até a uma pequena ponte, onde fizemos a merecida pausa para o almoço, debaixo de um soalheiro sol, que nos fez definitivamente esquecer o chuvoso início da manhã.
Terminada a refeição e as fotos de grupo, enquadradas com as bandeiras das associações presentes, continuamos para S. Lourenço da Montaria, onde o café Montariense serviu de prolongada paragem para café e outros serviços.
Ninguém estava com vontade de arrancar, mas como se fazia tarde, recomeçamos e cruzando a Montaria, passamos junto da capela do Sr. do Socorro e continuamos para Espantar, onde se encontra um interessante conjunto de moinhos, muito bem conservados e em prefeito estado de funcionamento.
Iniciamos aqui a descida do rio Âncora, mas um pouco mais à frente houve ordem de paragem, já que uma parte dos participantes se tinha eclipsado. Que teria acontecido? Meteram-se em caminho errado? Um imprevisto grave?
Que nada… afinal tinham parado no Caçana, para uma caneca de champarrião!
Ora assim não vale! Ou há champarrião para todos ou… não há nada para ninguém!
Mas como não houve muito atraso, tudo se resolveu sem problemas e lá fomos todos juntos até ao Pincho, trepando depois para ver o inico de um magnífico conjunto de apertadas quedas de água, que termina na mais conhecida queda do Pincho.
Continuamos depois por apertados caminhos rurais até à Ponte de Tourim, que remonta à época romana e pertenceu ao itinerário de Antonino, tendo sido um dos mais importantes Caminhos de Santiago, trilhado por milhares de peregrinos e fundamental para o desenvolvimento económico desta região. A ponte atual embora mantenha a sua traça medieval foi reconstruída no XVII.
Seguimos agora pela margem direita do Âncora até ao lugar de Cancela, onde o voltamos a cruzar junto a um parque fluvial, continuando por caminho florestal até à proximidade de Ponte de Sains, tendo então regressado à belíssima margem, para ver esse interessante trecho do rio, muito calmo e cristalino, bem como alguns moinhos quase totalmente escondidos na luxuriante vegetação.
E cruzamos pela derradeira vez o Âncora na Ponte de Sains, onde terminou mais esta incursão no vale do Âncora, tendo o fim de festa sido na sede do VRL, com animado lanche ajantarado.
José AlmeidaInformação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2014-03-29 |
Distância | 18 Km |
Tempo de deslocação | 06h 08m |
Tempo parado | 01h 14m |
Deslocação média | 3.0 Km/h |
Média Geral | 2,5 Km/h |
Nº de participantes | 41 |