Aviso laranja!
Mortes na Europa com uma vaga de frio, que ia também fazer tremer Portugal!
Foi, muito a medo, que lá fomos aparecendo no Vitral, animados com o sol que ia espreitando por entre as nuvens e por uma temperatura, que embora baixa, estava muito longe dos temidos “negativos”, previstos para o fim de semana.
Depois dos cumprimentos, já mais confiantes, seguimos para Outeiro, lugar da Costa, onde estava programada mais esta actividade da Vianatrilhos, pensada para a serra de Santa Luzia.
A foto de grupo foi tirada logo ali, defronte da capela de S. Miguel e iniciamos a marcha subindo o caminho do Monte, que dá acesso à casa florestal de Outeiro.
Aproveitamos para aí controlar o 1º ponto de geocaching , já conhecido por alguns de outras andanças, cabendo à Glória a responsabilidade de assinalar condignamente a passagem do nosso pelotão por este ponto.
Pouco depois retomamos a subida pelo estradão florestal até ao corte à direita, onde ficamos a aguardar o retrocesso do pelotão dianteiro que, ainda cheio de genica, desarvorou encosta acima, sem conhecimento nem guia.
O reagrupamento demorou, pois quem sobe não quer descer... e julga que é mais uma partida dos atrasados, mas lá nos juntamos e rumamos a meia encosta para norte, com o vale do Âncora à nossa ilharga, contornando a serra até um novo corte, agora à esquerda, onde os guias Miguel, Rego e Armando nos contemplaram com uma subida e peras!
O grupo fragmentou-se, subindo cada um como podia, pois o terreno era mau e o forte pendor obrigava a pausas retemperadoras. Os que subiram directo descansaram no cimo, os outros foram descansando pelo caminho, mas o certo é que... chegamos todos!
Já agrupados, seguimos por trilho estreito, observando a paisagem e subindo sempre a encosta, aproveitando o monumental lajedo granítico, até finalmente chegar ao planalto da chã de Afife, com as torres eólicas bem alinhadas à nossa frente, onde paramos para “meter qualquer coisa à boca”.
Seguimos pelo chã ou chão, como é designada pelos habitantes de Carreço, até a um curral, perdido no centro do planalto, onde o Miguel nos demonstrou, com recurso a alguns incautos voluntários, o percurso seguido pelos cavalos para a vacinação e marcação.
Foi uma risada geral, quando a Louise e Glória, seguindo à risca as orientações do Miguel, docilmente percorreram a estreita cerca até ao local do “castigo”.
Só faltou o ferrete em brasa..., mas valeu pela chalaça, partilhada por todos e profusamente registada nas muitas fotos recolhidas.
Já na chã de Carreço, ainda andamos a ver se encontrávamos o Penedo da Era, que assinala a separação das freguesias de Carreço, Afife e Outeiro, mas... não foi desta que demos com ele!
Seguimos directos para o Talefe ou Gurita de Couço, ponto mais elevado da serra de Santa Luzia, que é assinalado por marco geodésico de 1ª.categoria, com a cota de 550 m.
A subida é algo dura, mas curta, recompensada com vistas magníficas a 360º, divisando-se a sul a marítima costa prateada, até Esposende e ao redor, a imponência da serra D’Arga e dos vales do Lima e Âncora.
Feita a pausa para almoço na base do Talefe, protegidos do vento gélido do Norte, o Miguel convidou o grupo a assinalar “em directo” o aniversário do Nogueira da Silva, com a generalidade dos presentes a entoar um sonante “parabéns a você”. Que seja por muitos e bons anos!
Depois de escriturada a presença do grupo em novo ponto do geocaching, deixamos para trás o Talefe e seguimos à torre eólica mais afastada, que domina a paisagem sobre o vale do Âncora.
O vento forte e frio lembrou os avisos do alerta laranja, encurtando a estadia e apressando a descida pelo estradão florestal em direcção a Outeiro.
Como o dia ainda ia alto, o Miguel decidiu prolongar o passeio, inflectindo o percurso na direcção de Romãe, onde visitamos a capela de S. Francisco, pertencente à família dos Painhas.
Depois de alguma hesitação, atravessamos o lugar de Romãe e transpusemos o vale do rio de Carvalheiras, pela ponte da Estivada, na direcção da capela de La Salette em Vilares. Aqui houve tempo para uma breve paragem, que repôs algum ânimo aos mais cansados, já que a transposição do vale, embora curta, foi penosa pela forte inclinação e pelos quilómetros acumulados nas pernas.
De novo em marcha, agora para o regresso às viaturas, onde se combinou o lanche final, que foi no Bodegão em Viana do Castelo.
Como não fui, não comento, desafiando algum dos presentes a compartir informação sobre a conclusão deste animado dia , que embora gostando, alguns maldisseram, alegando que a dificuldade afinal era bem maior que “moderada”.
Até à próxima!
José AlmeidaVianatrilhos
Informação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2012-02-04 |
Tempo de deslocação | 04h 53m |
Tempo parado | 02h 04m |
Deslocação média | 3,7 Km/h |
Média Geral | 2,6 Km/h |
Distância total linear | 14.6 km |
Nº de participantes | 18 |