Ai que cedo!
Às sete da madrugada, logo num Sábado! Ai que sono!
Só por muita carolice é que se conseguiu juntar o grupo, mas mesmo assim o autocarro inicialmente previsto, foi insuficiente e houve que arranjar um maior, que não defraudasse os atrasados de última hora.
Seguimos directos para Soalhães – Marco de Canaveses, onde paramos defronte da sua Igreja Matriz, ainda fechada, onde nos esperava a Srª Presidente da Junta de Freguesia – Cristina Vieira.
Do cimo das escadas da junta, fez-nos um pequeno briefing, dando a conhecer a região, reportando-nos o trajecto a percorrer e ainda o que havia para ver e degustar na região.
Agradecemos a simpatia com que nos recebeu, pelas explicações que nos foi prestando e pela distribuição de úteis destacáveis do trilho e o pin alusivo.
Pelas 09:30 começamos, seguindo as marcações, que se relevaram sempre visíveis e adequadas, pelo que se felicita os responsáveis pelo estabelecimento e manutenção deste percurso, o excelente trabalho evidenciado.
Lá fomos, passando pela capela de S. Clemente e começamos a subir um trilho bastante íngreme, com a Louise sempre a comandar as operações, às vezes não muito bem, pois não dava com o caminho certo, mas seguimos as marcações, sem dificuldades de maior, até aos moinhos de água de Vinheiros.
Aqui a paisagem mudou completamente e houve que trepar por entre os moinhos, quase dependurados um sobre os outros, aproveitando para apreciar as suas “artes”, algumas em bastante bom estado, quase parecendo paradas no tempo e prontas a entrar em função.
A subida ocorreu com muitas escorregadelas e mesmo alguns tombos, que embora aparatosos, mas não provocaram mais que valentes sustos.
Aqui a pressa da Louise, qual galgo na frente do grupo, levou a uma falha no trajecto previsto, já que a parte da visita ao Castro e Capela de Santiago ficou “comida”.
Foi pena, mas como a hora já ia avançada,
acabou por não ser trágico, já que o estômago
começava a dar horas.
Curiosamente passamos pouco depois pela Adega do
Fumo, em Almofarela, junto à Capela de S. Braz.
Era esse o local destinado ao almoço, onde ficou um desistente, à espera do nosso regresso, mas os outros lá venceram a tentação de ficar logo ali para comer e continuaram em frente, agora sempre a descer, na direcção de Soalhães.
Mais umas escorregadelas e mesmo alguns trambolhões pelo meio, pelas pedras soltas da descida, tivemos algumas paragens para retemperar as forças, observar as vistas e para a costumeira foto de grupo.
Chegamos a Soalhães pelas 15:00, aproveitando
para visitar a igreja de S. Martinho, que fez
parte de convento beneditino, entretanto
convertido em abadia secular. Originalmente
românica, apresenta características desse
período, na sua porta principal e sofreu vários
restauros e reparações, tendo sido todo o
edifício remodelado no século XVIII.
Depois de nos refrescar na taça frontal da
praça, seguimos de autocarro para a Adega do
Fumo, em Almofarela, numa viagem algo atribulada
pelo fraco caminho de acesso, ainda em terra
batida, onde estava o anho assado à espera, que
foi a opção maioritária dos convivas.
Para além do prometido anho, quem também estava à espera era o Armando, que fez a renuncia a meio e ainda o Mesquita, o Nogueira da Silva e o Filipe Barroso, que nem sequer andaram, mas que estavam prontinhos para o esforço complementar da degustação.
Quanto à sala da Tasca do Fumo, o espaço destinado ao grupo era acanhado, a luz parca, os bancos desconfortáveis, as janelas sem vidros, a instalação eléctrica destruída, o aspecto geral e decoração do século passado e gasta pelo tempo, enfim… as condições eram um pouco fracas, mas a comida e bebida… óptimas.
O anho, bacalhau e vitela aprovaram e comprovaram que a escolha tinha sido acertada e que para se comer e beber bem, não são necessárias muitas condições , mas sim o saber e as matérias primas de qualidade.
Foi um fim de tarde divertido, com comida e vinhos de estalo, a que se juntou o excelente convívio gastronómico e para rematar a música e dança das caminheiras do grupo, que deram largas às sua capacidades, já no exterior da sala, pois o chão ameaçava ceder, por não aguentar os ímpetos das folgazonas.
No regresso fomos aos biscoitos, visitando a fábrica Duriense, onde os seus simpáticos donos nos mostraram as linhas de fabrico e pudemos adquirir alguns exemplares do seu fabrico.
Chegamos a Viana ainda a tempo de ver a 2ª parte do Portugal – Noruega e o golo da vitória. Assim rematou um dia pleno de pontos altos, prometendo-se para o fim do mês a sessão de encerramento das actividades do grupo.
José Almeida
Informação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2011-06-04 |
Tempo de deslocação | 03h 49m |
Tempo parado | 01h 17m |
Deslocação média | 3,4 Km/h |
Média Geral | 2,5 Km/h |
Distância total linear | 13 km |
Nº de participantes | 33 |