A concentração dos 42 participantes, foi na Igreja de Cossourado, num enquadramento rural, envolvida por adro e espaço fronteiro murado e empedrado.
Dirigimo-nos de seguida para o povoado fortificado de Cossourado, que se situa numa elevação com encostas abruptas a sul e com menor declive a norte e poente.
A implantação deste povoado, defendido por três linhas de muralha, procurou tirar o máximo partido das condicionantes topográficas e é constituído por construções circulares e alongadas, sendo as redondas locais de habitação e as alongadas para a prática de actividades artesanais.
Tirada a foto de grupo, regressamos ao estradão florestal, seguindo na direcção de Antas, onde pudemos observar a pequena capela de S. Bartolomeu, com os seus vestígios da passagem romana – os marcos miliários - que indicavam as milhas romanas da via militar 19, do itinerário de Antonino.
Interessante ainda, defronte da ermida, uma imponente casa senhorial semi-recuperada que pertenceu à família dos Antas, "senhores da honra de Fraião"
Descemos de seguida por empedrado para as margens do Coura, inicialmente descendo a margem direita, tendo após a travessia da Ponte dos Caniços, subido a margem oposta, sempre por entre luxuriante vegetação.
Depois de alguma emoção na travessia de uma ponte de madeira improvisada, junto à confluência com um pequeno ribeiro, mas que não apresentou dificuldade de maior, iniciamos a subida na direcção do lugar de Casco, seguindo-se o desvio para a igreja românica de Rubiães, onde fizemos a pausa para almoço.
A refeição foi ligeira e mesmo interrompida por chuvada, que teimou em interromper esta merecida pausa, mas que logo se foi, descobrindo um céu azul, que não nos abandonou mais até ao fim do percurso.
Depois de apreciar o exterior e interior deste belo exemplar do românico, já bem nosso conhecido de outros percursos e das passagens das peregrinações a Santiago de Compostela, voltamos ao carreiro que nos levou até outro dos "ex-libris" de Paredes de Coura – a Ponte Romano - Medieval de Rubiães, no lugar de Crasto.
Aqui o grupo teve de fazer uma longa pausa, motivada pela infelicidade da companheira Filipa, que num trecho mais estreito da margem do Coura, deixou tombar a máquina fotográfica na torrente, o que levou a improvisada tentativa do Pedro, que se aventurou ao resgate, penetrando em trajes menores nas gélidas águas do Coura.
Recuperada a máquina e salvo o cartão da memória, resta verificar se o equipamento tem ainda alguma remota esperança de vida.
De novo juntos, seguimos em marcha lenta e relaxada pela margem direita do Coura, abandonando-o mais à frente , para seguir paralelamente à 201, que transpusemos, para iniciar a subida final para Cossourado.
No escadório frontal da igreja após retempero das forças, foi apresentada aos presentes a colectânea em vídeo das actividades do nosso grupo referente ao ano de 2008.
José Almeida
Vianatrilhos
Informação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2009-04-18 |
Tempo de deslocação | 04h 13m |
Tempo parado | 02h 18m |
Deslocação média | 3,4 Km/h |
Média Geral | 2,2 Km/h |
Distância total linear | 14.4 km |
Nº de participantes | 42 |