2007-06-16 Ilhas Ciés - Beleza Natural

Partimos para as Ciés no porto de Vigo, no catamarin “Naviera Mar de Ons” numa manhã cinzenta, com um tempo fechado a ameaçar chuva, que felizmente apenas nos apoquentou aqui e ali, sem no entanto arrefecer o ânimo.

Enquadradas na ria de Vigo, as ilhas Ciés compõem um arquipélago formado por três ilhas: Norte ou Monteagudo, a do Meio ou do Farol e a do Sul ou San Martiño.

O nosso passeio foi pelas duas primeiras, que se encontram unidas artificialmente por um pontão. Estão orientadas de acordo com um sistema de fracturas paralelo à costa na direcção N-S. Distando aproximadamente 14,5 Km. da cidade de Vigo.

A ilhas Ciés foram consideradas desde 1980 Parque Natural com o objectivo de preservar, conservar e regenerar este espaço natural, promovendo o seu conhecimento e possibilitando um uso público compatível com a conservação da natureza.

Chegados, tomamos o caminho do Farol de Ciés, subindo a encosta, pejada de ninhos de pássaros, nomeadamente gaivotas, que galhardamente defendem os seus ninhos dos muitos turistas, investindo sobre eles ameaçadoramente, numa tentativa de proteger os ovos e crias, que aqui e além estão semeadas nos penhascos.

Está considerada uma zona especial de protecção para as aves, pela variedade de espécies e a grande quantidade que nela habitam.

O farol tem uma vista deslumbrante para o arquipélago e para a costa vizinha. As suas águas de cor esmeralda estão povoadas por uma rica flora e fauna submarina, onde se encontram algum dos ecossistemas mais significativos da costa Galega.

Feita a refeição abrigados do vento forte, iniciamos depois a descida para o parque de campismo, onde fizemos uma pausa de confraternização com alguns companheiros do Fluvial, que também escolheram estas paragens para deslocação.
Passamos de seguidas para a ilha do Norte, que atravessamos, até ao Faro do Peito, passando entretanto pelo Areal de Figueiras, que é uma das mais antigas praias de nudistas da Galícia, com o seu extenso areal branco e água límpida, mas agora completamente deserto, pois o tempo estava fresco e desencorajador de práticas balneares.

O regresso foi feito no último ferry da tarde, já com as condições meteorológicas cada vez mais agravadas, impondo a permanência no interior do transporte, deixando para trás as ilhas perdidas nas brumas do fim de tarde, que embora sombria nos proporcionou momentos inesquecíveis de beleza e convívio.

Fizemos o regresso pela costa e fizemos o lanche ajantarado em La Guardia, finalizando com os acepipes locais mais um dia preenchido e com as Ciés na memória , adivinhando-se um regresso breve em próxima actividade.

Um último agradecimento ao Joca, que tratou excepcionalmente de toda a organização e logística, fazendo valer todos os conhecimentos acumulados em anteriores permanências nas ilhas.

Até uma próxima!

José Almeida

Vianatrilhos