Às 09.15 encontramo-nos na Portela de Leonte.
O grupo era muito numeroso, pois compareceram à chamada 55 participantes, que depois de uma breve indicação do Miguel Moreira do percurso e dos cuidados a ter na serra, se aventuraram na subida íngreme que nos guindou até ao Alto do Mouro no Prado do Vidoal.
Reagrupados continuamos a meia encosta na direcção Freza, passando por um conjunto de teixos, espécie em risco de extinção, que exige atmosfera e solos húmidos e suporta bem o frio. Cresce até 1500 m de altitude, ou mais e é arvore de crescimento lento que pode viver de 1500 a 2000 anos. A sua madeira é resistente, flexível, bastante dura, avermelhada ou castanha, e de boa qualidade.
Seguimos na direcção Colo da Freza, maravilhoso miradouro do Vale da Teixeira, onde fizemos nova paragem para meter alguma coisa à boca, antes de partir para Chã da Fonte, onde optamos por fazer a ascensão ao Borrageiro, já que o tempo estava limpo e o nevoeiro que em outras ocasiões nos impediu repetidamente a subida, desta vez estava ausente.
Depois de uma observação demorada da esplêndida paisagem que se nos oferecia, já que se pode observar um vastíssimo panorama, que em dias claros permite identificar o santuário do Sameiro, em Braga, a Serra do Marão, Montalegre e Larouco, várias albufeiras desta zona e grande número de cidades e povoações do Minho.
Descemos pela Lomba do Pau, até ao Prado do Conho, onde fizemos uma demora pausa para a refeição e para um descanso retemperador. Enquanto um grupo desceu um pouco o vale para tentar divisar a Rocalva, outros entregaram-se nos braços do Morfeu, descansando a manhã de marcha ou ficaram ouvindo o silêncio da serra, aqui e ali quebrado por som abafado do ressonar do Vilaça, que não resistiu ao calor e cansaço.
Partimos depois na direcção do Curral da Pedra, pois o nosso objectivo era alcançar os Prados da Messe. Nessa ligação recordamos a queda da companheira Manuela na Ribeira da Porta das Cabras e cruzamo-nos com outro grupo liderado pelo companheiro Jorge que fazia o percurso em sentido inverso com um pequeno grupo de convivas.
Chegados aos Prados da Messe fizemos uma curta pausa, aproveitada para fazer as fotos de grupo, sempre difíceis de conseguir, pelo elevado número de participantes desta actividade. Neste prado encontra-se as ruínas de casa conhecida como a casa do rei, que a lenda popular recorda como mandada construir por um rei, para deste local partir nas suas caçadas pela Serra do Gerês.
Depois da Messe voltamos a subir, contornando o Lombo de Burro e a Cabeça do Cantar elo, na direcção da Costa da Sabrosa, de onde pudemos observar os Prados Coveiros a nossos pés.
Aí, depois de outra pausa para reagrupar, começamos a longa e penosa descida da Costa da Sabrosa, que no início apresenta um conjunto de rochas de formas estranhas, talhadas pelos ventos em formas esculturais complexas, que com as sombras do fim de tarde, sobressaem nesta paisagem megalítica.
A descida parece sem fim, as pernas tremem, os joelhos reclamam o esforço, o calor aperta, as perguntas sobre a distância percorria e a percorrer são cada vez mais frequentes, mas por fim vislumbra-se, por entre o carvalhal de Albergaria, a estrada alcatroada.
Aí chegados novo agrupamento e a espera dos últimos, entre os quais um companheiro de Gondomar, que se lesionou num joelho, face às dificuldades da descida.
Depois foi a marcha pela estrada 308-1 de Albergaria à Portela de Leonte, onde fizemos uma última concentração para retemperar forças e trocar impressões sobre esta excelente tarde de Março.
Aproveito para um especial agradecimento aos companheiros José Emílio e Jorge Mota, quer pela sua disponibilidade para nos acompanhar, quer pela ajuda prestada na orientação e gestão de tão elevado número de participantes.
José Almeida
Vianatrilhos
Informação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2007-03-24 |
Tempo de deslocação | 05h 29m |
Tempo parado | 03h 07m |
Deslocação média | 3,0 Km/h |
Média Geral | 1,9 Km/h |
Distância total linear | 16.6 km |
Nº de participantes | 55 |