Pelas 09.00 iniciamos este percurso, junto à igreja paroquial de Belinho.
Começamos por subir a escadaria de Sr.ª da Guia, cujo miradouro nos deixa visualizar as paisagens da Costa Atlântica, desde S. Bartolomeu do Mar até Viana do Castelo.
Depois de observar demoradamente a paisagem, tirou-se logo ali a foto de grupo, com a paisagem do litoral norte a servir de pano de fundo, nesta fria manhã de Janeiro.
Continuamos depois a subir, na direção do marco geodésico de Sanfins, ponto mais elevado deste percurso, com os seus 233m de altitude, qual varanda para o mar aos nossos pés.
Existem neste local marcas de castros, de onde provém a sua designação de Alto do Monte Castro.
O percurso levou-nos depois até à elevação vizinha, onde se encontra a diminuta capela da Srª da Paz, com o seu miradouro sobre o Atlântico, onde fizemos uma pequena pausa para retemperar as forças e meter qualquer coisa à boca.
Um pouco mais à frente encontramos a povoação de Abilheira, onde pudemos apreciar um interessante conjunto de moinhos de vento, alguns deles restaurados, tendo depois subido um difícil trilho, que nos levou ao estradão florestal na proximidade da Mamoa de Portelagem.
Continuamos depois, sempre por o estradão até ao Castro de S. Lourenço, parcialmente reconstruído, que apreciamos de passagem, pois a hora era já tardia e queríamos fazer a refeição na Capela de S. Loureço, onde um sol magnífico nos aguardava, e foi num recanto da base da escadaria, que fizemos uma aprazível refeição ao grupo.
Mas tínhamos que continuar, pelo que descemos, atravessando o Castro de S. Lourenço, na direção de Goios, continuando para o centro de Esposende, onde fizemos uma pausa na Adega Regional “O Barrote” Aí petiscamos mais umas coisitas leves, para ganhar forças para a última tirada, até ao Forte de Esposende, nas foz do Cavado, onde terminou mais esta atividade.
José Almeida
vianatrilhos
Quase ninguém o conhece mas ele está lá.
O Castro de S.Lourenço, em Esposende, é um exemplar perfeito de como se vivia há muitos milhares de anos. Chegar até ao cimo é um verdadeiro desafio. Mas o que se impõe é descobrir uma aldeia pré-histórica construída no cume do monte de São Lourenço e recentemente recuperada pelos Serviços de Arqueologia da Câmara Municipal de Esposende. Trata-se de um conjunto de casas circulares e retangulares perfeitamente reconstruidas para parecer que vivemos em plena idade do ferro.
Partindo de uma base circular, os arqueólogos construíram pequenas casas com telhados de olmo para que os visitantes possam ter uma verdadeira noção das condições de vida dos povos primitivos. Entre as casas, pequenas ruelas íngremes e estreitas servem de ligação entre os principais pontos da aldeia. O Castro de São Lourenço situa-se na freguesia de Vila Chã, num dos cumes que integram a arriba fóssil da zona. Subindo até ao ponto mais alto do monte, tem-se uma visão ampla e perfeita sobre toda a orla costeira onde desagua o Rio Cávado, desde a Apúlia, passando por Ofir, Esposende e no extremo Norte a Foz do Neiva.
Em dias de céu limpo, a beleza do local é imensa, pelo verde dos campos cultivados que contrasta com o escuro do mar do Norte e as dunas de areia salpicadas de casas.
Acreditamos, assim, que na Pré-História sabiam bem escolher os locais para morar! Pelo menos a avaliar pela paisagem...
A primeira ocupação deste castro data do Calcolítico, ou seja, o milénio III a.C. Na Idade do Ferro, os primeiros vestígios datam do séc. V-IV a.C. e deles constam algumas cerâmicas áticas provenientes do Mediterrâneo Oriental. A presença romana é atestada pela presença de construções, denários e de um altar dedicado a uma deusa. À Idade Média pertence uma pequena fortaleza construída ao redor da atual capela.
A comunidade indígena primitiva construiu casas circulares ou retangulares consoante as influências sofridas. Nelas se realizavam certas atividades do quotidiano, entre as quais o armazenamento, conservação e produção de alimentos, a tecelagem, o convívio e o descanso.
Distribuídos em núcleos familiares, toda a povoação estava rodeada e protegida com uma muralha e um fosso, visíveis ainda em certas áreas do seu perímetro. A cronologia do primeiro sector do castro, aquele onde se veem as casas totalmente recuperadas, aponta para uma ocupação entre o séc. III/ II a.C. e IV d.C.
Mais antigos são uns muros que foram reaproveitados para casas circulares erguidas no câmbio da era. Pelo contrário, a casa sub-retangular, apoiada noutra que foi destruída pela queda de um grande penedo, é a construção mais recente. Juntas formam núcleos habitacionais com o interior rebocado e pintado a branco ou amarelo com rodapé cinzento.
O chão era feito com barro bem amassado e calcado. Ao centro das casas ardia o fogo e estava apoiado o poste que permitia erguer o telhado. Na mudança de era, a cobertura era feita com folhas e ramos de árvore- mais tarde, com os romanos, aparece a «tegula», ou seja, a telha.
lifecooler.comInformação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2007-01-27 |
Tempo de deslocação | 04h 37m |
Tempo parado | 03h 08m |
Deslocação média | 3,7 Km/h |
Média Geral | 2,2 Km/h |
Distância total linear | 17.2 km |
Nº de participantes | 23 |