Este percurso liga as aldeias de Pitões de Júnias e Parada, nas serras do Barroso, concelho de Montalegre.
O ponto de partida é a aldeia de Pitões de Júnias, com as suas casas e calçadas de pedra e ruas estreitas por onde passam pastores com cabras e vacas.
Um pouco depois do Preto viramos à esquerda, sendo o caminho a descer por trilho, primeiro em calçada, depois em terra batida, ladeado por muros cobertos de musgo e quase tapados por fetos verdes e castanhos e amoras silvestres.
Dos montes circundantes, chega-nos o tilintar dos chocalhos das vacas e o seu mugido. Os poucos habitantes do sítio atarefam-se nas lides diárias.
Pouco depois, entramos numa floresta de carvalhos, sempre a descer, com pequenos regatos a correr ao longo do caminho. As árvores estão cobertas de líquenes e musgo e alguns cogumelos crescem nos troncos.
Um corte indicado pelo Mesquita à esquerda, levou-nos a observar um trecho muito pouco conhecido da Cascata de Pitões, onde observamos o enorme volume de água em movimento. Aí fizemos uma infrutífera exploração, para tentar ver a cascata principal, aproveitando para fazer uma pausa e tirar a foto de grupo.
Um pouco mais abaixo o caminho pára de descer, junto aos restos de ponte de madeira, entretanto desaparecida.
Depois de vencida a dificuldade na travessia do ribeiro do Campesinho, com a ajuda do Miguel que atrás o tinha transposto, lá continuamos, agora descendo por um trilho estreito ao longo da margem esquerda da ribeira, com exemplares de azevinho, espécie ameaçada e por entre uma enorme concentração de abrótegas.
À saída da floresta, o vale de Beredo brinda-nos com uma vista panorâmica para os picos da serra e os vales mais distantes, de onde podemos avistar a aldeia de Pitões de Júnias.
Chegados à Portela da Fairra, tivemos tempo para visitar o Fojo de Cabrita de Parada, uma construção rural circular dos séculos XIII, XIV e XV que permitia às populações capturar e matar os lobos. Estes fojos são um muro em pedra, fechado, em cujo interior era colocada uma cabra para atrair os lobos. Uma vez lá dentro, o lobo não conseguia sair e os aldeões saltavam os muros e matavam-no. De realçar o trabalho de recuperação feito neste fojo, que foi totalmente reconstruído, retomando o seu imponente aspecto.
A pausa para o almoço foi feita abaixo, na ponte do Ribeiro de Beredo.
Depois retomamos o percurso, percorrendo caminhos com desníveis pouco acentuados, até chegar atingir a bacia da barragem de Parada, que contornamos parcialmente, subindo depois até à aldeia de Parada, final do percurso.
José Almeida
Informação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2006-05-13 |
Tempo de deslocação | 03h 41m |
Tempo parado | 01h 39m |
Deslocação média | 3,1 Km/h |
Média Geral | 2,1 Km/h |
Distância total linear | 11.4 km |
Nº de participantes | 10 |