2006-02-11 De Parada por Ermida até Lourido

Este percurso teve início na localidade de Parada do Lindoso, junto ao café “A Mó”, face à estrada nacional.

Cruzamos o lugar por entre velhas casas sete e oitocentistas, das mais interessantes que a arquitectura popular do Minho tem.
Paramos um pouco acima, apreciando o elevado número de espigueiros. Inteiramente de pedra, cada exemplar apoia-se em vários pilares curtos, assentes na rocha e encimados por mós ou mesas. Sobre elas repousa o canastro, formado de balaustros entre si separados por fendas de ventilação. Como cobertura duas lajes de granito unidas em ângulo obtuso - ornamentados nos vértices de cruzes protectoras e símbolos de Salomão.

Depois das tradicionais fotos, continuamos a subida, até atingir um pouco mais à frente, a Bouça do Colado, nas margens do Rio das Mulas, ou Rio de Parada, que visitamos demoradamente, aproveitando as suas sombras para retemperar as forças, ao mesmo tempo que apreciamos os diversos vestígios ancestrais, entre os quais as gravuras rupestres bem visíveis no Penedo do Encanto, ou Penedo das Sete Cabeças.

Este complexo inscreve-se no tipo geométrico – simbólico do grupo da arte rupestre que datado entre o final do Neolítico e Média Idade do Bronze.

Continuamos a subir, até atingir o Forno de Sobreira Quente, local que segundo a lenda, eram deixados à sua sorte os idosos, que se tornavam aos filhos fardos sem préstimo.

Continuamos pelo carreiro até atingir o Alto dos Giestais e descemos depois ao Chão do Couto, seguindo para junto da cabana onde está a imagem de S. João.

Aí fizemos a pausa para almoço e os baptismos dos novos companheiros, Berta Santos, Teresa Ferreira, Ana Fernandes, Miguel Gravinho e Lurdes Cerqueira, que se nos juntaram para mais esta marcha.

Depois de retemperadas as forças começamos a descida na direcção da Ermida, passando pelo interessante lugar de Bilhares, agora desfigurado pelas enormes escavações que estão em curso.

Vamos ver se não vão resultar em mais uma destruição de património, que infelizmente tem sido habitual mesmo nesta tão recônditas paragens.

Chegados à ermida fomos até ao café do Carvalhal , ouvir as modinhas minhotas tocadas com mestria na concertina.

Visitamos ainda demoradamente a unidade Museológica da Ermida, local em que podemos ver a Estátua Menir e a Pedra dos Namorados.

Depois separamo-nos, uns desceram pelas Cambas, outros pela estrada camarária até Lourido, onde terminamos esta longa marcha, já ao cair da noite.

José Almeida

Amigos da Chão

Dados do percurso

Informação sobre os aspetos mais significativos:

Data2006-02-11
Tempo de deslocação05h 01m
Tempo parado03h 11m
Deslocação média 3,4 Km/h
Média Geral2.1 Km/h
Distância total linear17.3 km
Nº de participantes30