2005-12-10 Outeiro de Mós - Miradoiro de Dem

Partimos junto da igreja de Arga de Baixo, tomando a estrada de alcatrão em direcção a S. João D'Arga para, logo após termos feito uma breve mas íngreme subida, tomarmos um trilho pelo nosso lado esquerdo.

Passamos depois, sempre a meia encosta, pelo Alto do Colo e Alto da Faia, locais de onde podemos admirar a paisagem para o vale da Ribeira de S. João, com o convento de S. João D'Arga a nossos pés.

Ao chegar a um estradão florestal, um pouco mais à frente, viramos à direita, iniciando uma descida até à Chá do Guindeiro, local em que começamos a penosa subida até ao alto da Pedra Alçada (742m), onde tiramos a já tradicional foto de grupo, tendo pouco depois seguido para Outeiro de Mós (736m), onde fizemos uma pausa para apreciar deslumbrantes miradoiros da Serra D'Arga.

Retemperadas as forças na torre de observação dos Serviços Florestais, demos início à descida na proximidade do estradão de acesso, mas a corta-mato, até à Chá do Guindeiro.

Aí tomamos o tradicional trilho dos romeiros, até ao convento de S. João de Arga, onde fizemos uma curta pausa para a refeição e retemperar as forças, no parque de merendas, agora com amplas mesas de granito que foi construído junto à presa de águas da ponte de S. João.

Depois do repasto e dos baptismos, desta vez apadrinhados pelas companheiras Ana e Manuela aos novos companheiros Manuel Pereira, Trevor Smith, Francisco Vieira e Rita Cerqueira, visitamos demoradamente o convento.

É aqui que anualmente de 28 para 29 de Agosto decorre a mais típica de todas as romarias do Alto Minho. Ocorrem de todo o lado romeiros dispostos a passar uma noite inesquecível. No coração trazem a fé e a folia, nas mãos carregam as oferendas com que "compram" as boas graças do Santo.

Curioso é o profano de na Romaria de S. João D'Arga também não se esquecem as dádivas ao "Senhor Diabo", não vá o infortúnio bater à porta. Há assim que "Pedir ao Senhor com um olho no Diabo"…

Descemos depois pelo lado norte do convento, por entre densa vegetação, que invadiu completamente o trilho, já difícil de descortinar por entre tanta silva e giesta. Com cuidado e paciência lá fomos seguindo, tendo passado mais abaixo junto de outro cruzeiro, idêntico ao existente defronte do convento, meio encoberto na muita vegetação circundante, que quase impedia a orientação e o progresso da coluna.

Um pouco mais à frente, continuando a descida por entre os restos de muita mata queimada, atingimos finalmente o estradão florestal, que liga Santo Aginha a Arga de Baixo, junto à ponte da Ribeira de S. João, nas imediações de interessantes quedas de água, onde os mais afoitos puderam seguir as canalizações de uma moinho já abandonado.

Depois de reunido o grupo, começamos a subida do estradão na direcção de Arga de Baixo, tendo um grupo seguido pela estrada alcatroada e os restante seguido pelo interior do lugar e continuado por trilho íngreme mas rectilíneo, directamente para Arga de Baixo.

Foi mais um esplendoroso dia nas belíssimas paisagens da Serra D’Arga.

José Almeida

Amigos da Chão

Dados do percurso

Informação sobre os aspetos mais significativos:

Data2005-12-10
Tempo de deslocação04h 24m
Tempo parado02h 50m
Deslocação média 4,4 Km/h
Média Geral2,7 Km/h
Distância total linear18.9 km
Nº de participantes30