2004-06-26 Ponte de Sains - S. Lourenço

Estamos a sul da Serra d'Arga e iniciaremos o percurso na Ponte de Sainsa Afastando-nos do Âncora, seguimos o seu afluente, o ribeiro de Gondar, por entre denso, variado e verde arboredo. Aguarda-nos uma velha ponte, muito a propósito chamada de Ponte Nova em risco de ruína mas que ainda nos fará transpor o ribeiro. Construída com um só arco quase esconde um antigo moinho.

Por baixo da ponte Nova
Andam trutas a nadar
Par baixo do burro anda
Quem se ri do meu cantar

(Rosinha de Orbacém cantora... e poeta)

Deixamos este bucólico recanto e logo um imponente sobreiro nos anuncia Orbacém, um lugar privilegiados Escondido das vias principais e enquadrado por bela paisagem foi escolha de alguns citadinos para a reconstrução de belas moradias. Atravessaremos a calma desta povoação por caminhos e estradas empedradas admirando os seus campos, as suas oliveiras. Ainda desta freguesia são o lugar de Cabanas que observaremos um pouco depois de passar a igreja e o lugar de Roma - Casas de Roma explorado turisticamente embora nem de note.

Atravessamos agora campos e percorreremos caminhos de água e de gente entre muros e logo depois caminhos frescos e cheios de passarada que nos fazem acompanhar o Rio Ancora.

Nasce na Serra d'Arga, na fonte da Urze, freguesia de S. Lourenço da Montada (atividade do CAAL em Março de 2003). Percorre 15 Km dos concelhos de Caminha e Viana do Castelo até Vila Praia de Âncora.

Os Celtas chamaram-lhe “Spaco” e os romanos “Vius Spacorum”. Segundo a lenda D.Ramiro II, rei de Leão a caminho da Galiza matou o alcaide mouro Alboazar no local que viria a chamar-se de Monte da Dor, agora Montedor (Carreço), mais a norte junto ao rio Spaco mandou atar D. Urraca a uma âncora e deitou-a ao rio afogando-a.

Vamos então descer ao rio e visitar o local da Ferida Má, vulgarmente "O Pincho" onde belas quedas de água atraem as gentes a banhos e piqueniques. A construção de acessos para automóveis trouxe o inevitável lixo e ruído.

Caso as condições meteorológicas não sejam as melhores voltaremos atrás para continuar pela margem direita do rio, doutro modo seguiremos o percurso "oficial" , na margem esquerda, pelos canos de transporte de água passando por cima das cascatas e mergulhando, apenas em sentido figurado espera-se, no leito do rio. Subiremos um pouco o rio pelas rochas, entre margens frondosas e passando por alguns velhos moinhos.

Deixamos o rio para uma calçada. temos então uma bela panorâmica de Trás-Âncora, com os seus campos em socalcos e as suas oliveiras, abrigada pelo maciço da serra d 'Arga.

Um pouco de asfalto e de novo o Âncora, agora com leito mais cavado que admiraremos do alto com muitos moinhos e cascatas. Acompanharemos um canal cuja principal finalidade conheceremos mais tarde, utilizaremos um troço do caminho de Santiago, marcado a amarelo, e cruzaremos o rio já perto do parque de merendas, local Outrora viveiro florestal agora mais viveiro de bicicletas, automóveis, rádios, gelados, jogo da malha e lixo embora uma placa pretenda que seja o local mais limpo do planeta...

Clube Ar Livre

Dados do percurso

Informação sobre os aspetos mais significativos:

Data2004-06-26
Distância total linear19 km
Nº de participantes55

Esta atividade organizada pelo Clube Ar Livre e teve a participação dos Amigos da Chão.