Depois de alguma confusão com a hora do despertar, lá saímos do Hotel Sena às 08.30, para recomeçar o Caminho às 09.00 no santuário mariano de A Esclavitude.
Uma vez deixado para trás o santuário, passamos pela igreja de Stª. Maria de Cruces para caminhar entre bosques e cruzar o caminho de ferro na pitoresca aldeia de Angueira de Suso.
Seguimos até Areal e O Faramello, continuando até à rua de Francos. Um bonito cruzeiro gótico, um dos mais antigos da Galiza, e o campo da feira, despedem o peregrino da Rua de Francos.
Continuamos na direcção Milladoiro, onde depois de uma subida, fizemos uma breve paragem, junto à pequena capela de Santa Maria Magdalena.
Recomeçamos, para pouco depois começar a divisar as torres da catedral, altura em que o Ernesto lança o forte grito de "ULTREIA E SUSEIA - REZA POR NOSOSTROS EN COMPOSTELA"
Chegamos logo de seguida a Agro dos Monteiros, donde é possível ver a cidade do Apóstolo.
Já na rua de Rosália de Castro, no casco urbano de Compostela, avançamos até à igreja del Pilar, belo templo barroco situado na alameda e pela Carreira do Conde, chegamos a Porta Faxeira, tradicional entrada do Caminho Português na cidade de Santiago.
Á frente ia a Áurea com a bandeira dos Amigos da Chão desfraldada e com o resto do grupo atrás, lá íamos avançando, com dificuldade, no meio da multidão, que naquela hora, ia deixando a catedral.
A rua del Franco conduziu-nos à Praça de Obradoiro, onde se encontra a fachada principal da basílica jacobeia, cuja entrada conduz o peregrino ao Pórtico da Glória.
Foi a recompensa dos esforços dos 6 longos dias de caminho, das bolhas nos pés, dos percalços da viagem, dos atrasos, das confusões, foi o culminar de uma peregrinação que nos envolveu completamente.
Depois de um breve descanso, tiramos as fotos de grupo e fomos tratar de obter a "A Compostela", dirigimo-nos para a rua Fonseca na ala meridional do claustro, até à praça de As Praterias, onde se situa a fachada sul da catedral, a entrada mais antiga das conservadas do venerável edifício.
A portada românica de As Praterias, representa com a sua grande quantidade de esculturas e relevos um dos momentos de apogeu cultural da Compostela medieval e da arte do Caminho de Santiago.
Dirigimo-nos à Oficina do Peregrino, para conseguir a tão almejada "Compostela". Enquanto se formava a fila para obtenção do documento, aconteceu mais um imprevisto, desta vez a mim, pois não encontrei a carteira.
Pensou-se no pior, (que mais tarde não se veio a confirmar, já que foi encontrada dentro do saco de viagem), mas lá fomos andando para o almoço, que foi feito na proximidade da catedral.
Depois de descansado o corpo e retemperadas as energias, passamos o umbral da porta das Praterias e visitamos a tumba apostólica, bem como o interior da catedral, que apreciamos demoradamente.
O reencontro foi feito na Praça da Obradoiro, onde aos poucos foram chegando os romeiros, que aproveitaram o tempo para conhecer um pouco mais da belíssima cidade de Santiago de Compostela.
O Ernesto abrilhantou a viagem de regresso com a leitura de alguns excertos sobre a peregrinação do Caminho Português, tendo assim terminado esta aventura que nos reuniu durante 6 dias inesquecíveis.
Até sempre!
José Almeida
Informação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2004-05-30 |
Tempo de deslocação | 03h 41m |
Tempo parado | 47m |
Deslocação média | 4,9 Km/h |
Média Geral | 4,1 Km/h |
Distância total linear | 17.5 km |
Nº de participantes | 45 |