A concentração foi no Café Vitral, pelas 08H00. De lá seguimos para o Santuário do Sr. do Socorro, onde nos reunimos a alguns dos companheiros que nos aguardavam.
Depois da tradicional foto de grupo nas escadas do Santuário, seguimos para a Igreja Paroquial de Labruja, local onde acabou o extenuante dia da 1ª etapa.
Desta vez éramos 32 participantes e contamos com o apoio do companheiro Mesquita, que nos deu uma inestimável ajuda no decorrer da etapa.
Foi um pouco acima do lugar da Bandeira, que mergulhado num mar de pinheiros, subimos para a Portela Grande da Labruja: o seu traçado está totalmente abandonado desde que se deixou de utilizar como acesso à feira de Ponte de Lima, há 30 anos atrás e as três pistas florestais abertas mutilaram-no bastante.
Foi assim que se chegou, a 1 Km do topo, a um dos monumentos mais impressionantes que marginam o Caminho, a Cruz de Mortos, altaneira no meio do tojo, onde alguns colocaram umas pedrinhas, sem saber muito bem porquê, a exemplo de muitos outros peregrinos que por ali passaram.
A partir deste ponto, subindo na vertical, o caminho alcança o topo da serra, passando ao lado da casa do Guarda Florestal da Portela, descendo até Cabanas, já em Paredes de Coura.
Aqui, podemos admirar um grupo de tradicionais moinhos de água, em perfeito estado de conservação e uso.
Seguimos então até AguaLonga, atravessando uma velha ponte, para chegar à Capela de S. Roque, onde encontramos a calçada Romana proveniente de Romarigães. Ambos, via Romana e Caminho, se embrenham num espesso bosque, até chegar à magnífica Igreja Românica de Rubiães que ostenta, no adro, um miliário - a Caracala.
Por caminho enlameado seguimos para a ponte velha de Rubiães, continuando no trilho do Couto das Cabras até Pecene, continuando até S. Bento da Porta Aberta.
Aí, no adro da igreja paroquial, fizemos a pausa de almoço, partilhando os farnéis e descontraindo os pés e pernas, desgastados dos 14,4 Km já percorridos.
Aproveitando a proximidade do Café Castro, mesmo em cima do cruzamento, fizemos os baptismos dos companheiros que se iniciaram no grupo, que foram:
Fernando Xavier Sousa
Olívia Preza Rocha
Felicidade Caramelo
Manuel Durães
Luis Moreira
Ricardo Pinto
Noémia Rocha
Por trás da Igreja começamos a descida, por terreno montanhoso, na direcção de Fontoura.
O caminho desce pelo lugar de Pereira, onde encontramos uma humilde representação de Nº Sr. dos Caminhos, um verdadeiro símbolo do Caminho em Portugal, tal como o cruzeiro de Amonisa no Caminho Galego.
De Fontoura, o caminho segue até à Ponte Pedreira, em Cerdal, atravessando Passos, até entrar em Tuído e chegar à Estrada Nacional.
Seguimos pela interior de Conguedo e depois pela EN13, desde Arão até Valença. Aqui abandonamos o caminho tradicional, que se dirigia para o cais do Rio Minho, que se cruzava por barca para Espanha, optando por entrar, pela Porta da Coroada na Vila de Valença, que cruzamos parcialmente, saindo pelas Portas do Sol da Fortaleza de Valença.
Descemos o fosso das muralhas para atravessar o Rio Minho pela velha Ponte Internacional, apreciando as margens do rio Minho, com o enquadramento da imponente muralha de Valença e altaneira Catedral de Tui.
Depois de mais uma foto no marco que assinala o início do percurso em solo espanhol, reiniciamos o último troço, que nos levou pelo interior de Tui, até a sua imponente Catedral.
Aí, pelas 18H30 carimbamos o final desta etapa de 31,4 Km.
Neste percurso cruzamos as freguesias de Labruja (no concelho de Ponte de Lima), Romarigães, Águalonga, Rubiães, Coussorado (no concelho de Paredes de Coura) e Cerdal, Arão, Cristelo Côvo e Valença (no concelho de Valença).
Depois de mais uma breve paragem, seguimos para o antigo mercado de Tui, onde nos aguardava a camioneta, que nos trouxe de regresso até à Labruja, já pelas 20H00.
José Almeida
Informação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2004-04-03 |
Tempo de deslocação | 07h 34m |
Tempo parado | 02h 17m |
Deslocação média | 4,1 Km/h |
Média Geral | 3,2 Km/h |
Distância total linear | 31.4 km |
Nº de participantes | 32 |