Este percurso teve início junto ao Parque de Campismo da Barragem de Carmona nas cercanias de Idanha-a-Nova e decorre por caminhos tradicionais e agrícolas.
Depois de atravessarmos um extenso azinhal e pastagens atingimos as margens do rio Pônsul, até a aldeia histórica de Idanha-a-Velha (a Egitãnea Augusta dos Romanos).
Actualmente uma pequena e modesta aldeia classificada como monumento nacional, Idanha-a-Velha destaca-se entre as estações arqueológicas portuguesas pelo seu notável conjunto de ruínas e pela vigorosa intervenção levada a cabo para mantê-las e valorizá-las sem prejudicar o modo de vida da população.
A aldeia localiza-se sobre uma antiga cidade romana, fundada no século I (o documento mais antigo data do ano 16 d.C.), no território da Civitas Igaeditanorum, e mais tarde elevada a município.
Durante o período visigótico, a cidade desenvolveu-se, sob o nome de Egitânea: tornou-se sede diocesana, em 599, e possuía um centro de cunhagem de moeda em ouro. Datam dessa época de expansão a Sé Catedral, o Baptistério e o chamado Palácio dos Bispos.
O seu primeiro foral data de 1229. D. Dinis incluiu-a entre os bens da Ordem de Cristo, em 1319, e, mais uma vez, tentou repovoá-la. Nova tentativa surgiria em 1510, quando D. Manuel lhe concedeu um novo foral, de que o Pelourinho é testemunha.
Mas a outrora próspera Egitânea estava condenada a perder o antigo brilho: em 1762, era uma pequena vila na dependência de Castelo Branco; em 1811, foi anexada a Idanha-a-Nova; dez anos depois, tornou-se sede de um pequeno concelho, logo extinto em 1836. Nos nossos dias, com umas escassas dezenas de habitantes, é uma das peças mais ricas da arqueologia portuguesa.
José Almeida
Amigos da Chão
Informação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2003-05-02 |
Tempo de deslocação | 03h 37m |
Tempo parado | 59m |
Deslocação média | 3,0 Km/h |
Média Geral | 2,4 Km/h |
Distância total linear | 10,6 km |
Nº de participantes | 42 |