Face às más condições climatéricas, optamos por alterar o percurso planeado para a Alto da Pedrada, para explorar um troço dos Caminhos de Santiago
Teve início junto ao Santuário da Sr.ª do Socorro, com o seu estilo Rocócó (Séc. XVIII), na Labruja.
Seguimos na direcção norte, por caminho florestal, que acompanha a margem esquerda da Ribeira de S. João, até à capela de S. João da Grova, onde cruzamos o ribeiro para a sua margem direita, descendo depois um pouco, até atingir as marcações do Caminho de Santiago.
Entramos no trilho, subindo sempre até à casa florestal da Portela, onde retemperamos forças, vendo a paisagem para o vale da Labruja.
Descemos depois na direcção de Cabanas, entrando no Concelho de Paredes de Coura.
Aqui, podemos admirar um grupo de tradicionais moinhos de água, em perfeito estado de conservação e uso.
Continuando por caminhos rurais de Cabanas, Breja, Cerdeira, S. Caetano, seguimos até ao vale de Agualonga, onde cruzamos uma velha ponte romana, de onde se avista, no alto, a Igreja de Agualonga, junto à Casa do Outeiro , doada juntamente com todo o seu espólio à Câmara Municipal de Paredes de Coura.
Continuamos sempre no Trilho de Santiago, até atingir a EN 201, junto ao Km 14 no lugar de S. Roque.
Seguimos depois pela EN até à Igreja Românica de S. Pedro de Rubiães, que ostenta, no adro, um miliário a Caracala, local onde fizemos a merecida pausa de almoço.
No regresso retomamos a EN 201 até ao cruzamento de S. Roque, ao KM 14.5.
Descemos depois pelo Corrêlo até à Ponte da Codeceira EN 301, cruzando a ribeira do mesmo nome, onde apreciamos os moinhos, bem conservados a montante.
Subimos então de novo para a EN 201, que apanhamos junto de Curtinho, ao Km 16, seguindo sempre na sua berma, passando Modes e chegando a Romarigães, onde inflectimos de novo para o vale, na direcção da Casa Grande.
Aí apreciamos o Solar de Nossa Senhora do Amparo, que serviu a Aquilino Ribeiro como cenário do seu romance "A Casa Grande de Romarigães", bem como a bela capela de Nossa Senhora do Amparo.
Regressamos à EN 201, por onde continuamos até atingir o seu cruzamento com a A3, junto ao Km 20.5, onde entronca a EN 522, que descemos, regressando ao Concelho de Ponte de Lima, para o lugar da Boavista.
Aí chegados fizemos um desvio para a singelíssima Capela de Stª Ana, nas margens da Ribeiro de S. João, com os seus magníficos sarcófagos.
Retomada a EN 522 descemos mais um pouco até ao lugar da Bandeira, saimos à esquerda, mesmo em antes da casa do companheiro Pimenta e descemos depois até cruzar a ribeira, caminhando depois por apertado trilho de sua margem esquerda, até atingir de novo o Santuário da Sª do Socorro.
José Almeida
Amigos da Chão
Séc. XIII
Paredes de Coura
Templo românico do séc. XII. A nave da igreja foi acrescentada no séc. XVI e a cabeceira deslocada mais para oriente. A torre data do século XVII. No interior, pinturas murais do século XVII e representa uma divisão arquitecturada por pintura fingida Santo Antão e Arcanjo S. Miguel triunfando sobre o demónio.
Com belo pórtico de três arcos apoiados em colunas com capitéis historiados. Conserva ainda de origem algumas frestas primitivas e a cachorrada ao longo da parede exterior.
Por aqui passava a velha via romana que ligava Braga a Valença. Dela subsistem a velha ponte sobre o Coura e alguns marcos miliários que, como o nome indica, marcavam as milhas que a estrada percorria. Alguns desses marcos foram mais tarde utilizados como suportes do alpendre da capela de São Pedro Bartolomeu, também em Rubiães, um interessante edifício do século XVI que alberga no interior algumas sepulturas brasonadas
Lugar celebrizado pelo solar de Nossa Senhora do Amparo, que serviu a Aquilino Ribeiro como cenário do seu romance "A Casa Grande de Romarigães". É um edifício com alguma imponência, destacando-se o grande portal brasonado. Mas o apontamento mais notável é a capela de Nossa Senhora do Amparo, com bonita fachada setecentista de farta decoração, denotando alguma influência do gosto então dominante na vizinha Galiza.
Personalidade marcante da vida cultural de Paredes de Coura, Aquilino deixa a sua memória impregnada num dos marcos arquitectónicos concelhios, a Casa Grande de Romarigães.
O solar e quinta que inspiraram Aquilino Ribeiro para escrever a crónica romanceada de um Morgadio Courense têm um interessantíssima história que resumidamente se pode relatar da seguinte forma: - dos Meneses de Montenegro passou, por arrematação judicial, para o Par do Reino Conselheiro Miguel Dantas. Por herança deste, foi para o genro Bernardino Machado, Presidente da primeira Republica e, pela mesma forma, para Aquilino Ribeiro, casado com uma filha daquele.
Informação sobre os aspetos mais significativos:
Data | 2002-03-16 |
Distância total | 23 km |
Nº de participantes | 20 |