2001-10-13 Vale da Teixeira - O Sossego da Serra

O Gerês não é só a visão daquele mundo alcantilado nas fragas. Por aqui também vive gente. Aqui se vivem os dias, se organiza a faina a se busca o alimento. Aqui nascem águas milagrosas a crescem as ervas santas: a malva, a macela, a milhofada, a madressilva das boticas. Aqui aparece o mais estranho lírio, quando a terra já parece resumir‑se ao zimbro a ás alturas. No mais fundo vale, os castanheiros a carvalhos, o azevinho, o medronheiro, o teixo a algum sobreiro, e a bétula subindo num pouco as encostas.

Este percurso começa junto da Cascata do Arado, um dos locais mais atractivos pela simbiose do reino da pedra com a água, a que em dias de calor convida ao refresco nas águas cristalinas.

Vamos subir o escadório que conduz ao miradouro da cascata, a que no inverno se torna exuberante devido ao seu caudal, continuamos subindo por entre rochas, passando á vista do Forno da Giesteira, situado num local de belo recorte, com vales rasgados por onde correm pequenos ribeiros, sempre subindo até se atingir o alto, onde surgirá perante nós uma visão grandiosa, a do Vale da Teixeira, estendendo‑se quase se perdendo de vista.

Vamos descer na direcção do vale, através de um estreito carreiro até junto do ribeiro do mesmo nome , acompanhando‑o, atingindo‑se a Cabana da Teixeira, encravada num conjunto de velhos carvalhos, que lhe dão abrigo.

Depois de uma pequena pausa para contemplar todo o enquadramento da paisagem do vale a do seu ribeiro onde nos poderemos refrescar, seguiremos junto a este, passando a confluência com o ribeiro do Arieiro, continuando para mais á frente atingirmos a Cabana do Cambalhão, situada também junto de velhos carvalhos.

Vamos continuar em frente começando agora a subir pelo lado esquerdo onde numa pequena chã poderemos ver uma pequena nascente que brota da rocha granítica, e apanhando um pequeno trilho atingiremos o Alto da Freza. Aqui a visão pare o vale será de admirar.

Derivando pare a direita apanharemos o trilho que conduz ao Borrageiro, mas hoje o nosso destino não é esse, assim antes de lá chegarmos teremos de tomar outro carreiro pare a direita descendo através de uma abrupta corga até atingir novamente o Vale da Teixeira e a Cabana do Cambalhão.

Aqui vamos começar o regresso cruzando o ribeiro pare o lado poente começando a caminhar um pouco a meia encosta, pare sensivelmente em frente da Cabana da Teixeira apanharmos um trilho subindo ao longo da encosta , dobrando‑a, a que após uma descida bastante acentuada nos fará chegar ao Forno da Lomba do Vidoeiro, parando pare retemperar as forças. Vamos seguir agora através do trilho que segue pare a esquerda, olvidando o estradão em terra, a assim atingiremos outro abrigo de pastores, Forno da Carvalha das Éguas, situado também junto de grandes carvalhos que lhe dão protecção.

Continuaremos pare sul, passando ao lado do Alto do Varejeiro, por entre o granito a pequenos bosques de pinheiros silvestres a de Bétulas, até atingimos um pequeno desvio pare a esquerda, descendo através de um estreito carreiro pouco visível por entre fetos, que nos fará chegar ao estradão florestal bem perto do cruzamento pare a Ermida e Pedra Bela. Daqui a através do estradão logo chegaremos á Ponte do Arado, local em que se iniciou este percurso.

No final a se ainda houver tempo poderemos visitar a Pedra Bela, magnifico miradouro sobre o Gerês.

Miguel Moreira

Amigos da Chão

Dados do percurso

Informação sobre os aspetos mais significativos:

Data2001-10-13
Distância total14 km
Nº de participantes14